Manifestantes
protestam contra o governo Maduro
em Caracas no dia 4 de abril de 2017
(Foto:
Federico Parra / AFP)
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Segurança foi reforçada nas
ruas; apoiadores do presidente também planejam sua própria passeata.
As autoridades da Venezuela
fecharam estações de metrô, interditaram uma praça central e montaram postos de
verificação adicionais em Caracas nesta terça-feira (4), dia escolhido pela
oposição para uma manifestação contra o governo socialista do presidente
venezuelano, Nicolás Maduro, disseram testemunhas. O protesto já começou.
Os apoiadores de Maduro planejam
sua própria passeata. Com medo de confrontos, alguns moradores resolveram ficar
em casa, e alguns pontos comerciais ficaram fechados.
As tensões se elevaram depois que
o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) pró-Maduro anulou as funções do Congresso,
dominado pela oposição, na semana passada.
Embora a corte tenha voltado atrás
na medida no fim de semana, a Assembleia Nacional continua impotente devido a veredictos
anteriores do judiciário. A pressão internacional contra Maduro aumentou, e os
protestos desarticulados dos opositores foram retomados.
"Foi o senhor Maduro que
ordenou que se fechassem todos os acessos a Caracas para impedir as pessoas de
expressarem seu repúdio", disse o líder opositor Henrique Capriles.
"Ele está aterrorizado".
Atingido por críticas da maioria
da América Latina, Maduro afirma que o governo dos Estados Unidos e outros
inimigos estão tentando alimentar a histeria contra ele para preparar o terreno
para um golpe.
O governo Maduro está
particularmente furioso com o secretário-geral da Organização dos Estados
Americanos (OEA), Luis Almagro, que está à frente da condenação regional da
Venezuela.
"A direita venezuelana está
planejando ações violentas para dar a Almagro uma desculpa que justifique uma
agressão", disse Jorge Rodriguez, membro do alto escalão do governista
Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). "Vocês estão tentando
promover a morte de venezuelanos".
Guerra judicial
A oposição conquistou a maioria da
Assembleia Nacional no final de 2015, mas o TSJ reverteu quase todas suas
medidas.
A Assembleia planejava iniciar
procedimentos ainda nesta terça-feira para afastar os juízes do tribunal, mas o
gesto só teria valor simbólico, já que a Casa não tem poder de fato para atuar.
A legislatura também deve debater
moções para denunciar a "ruptura da ordem constitucional" na
Venezuela.
Policiais com escudos se
posicionaram na manhã desta terça-feira nos arredores da Plaza Venezuela de
Caracas, onde partidários da oposição tinham planejado se reunir antes de rumar
para a Assembleia Nacional.
O tráfego estava lento nas
principais rodovias de acesso à capital devido ao aumento de barreiras
policiais.
Por Reuters
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