Os
marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que
fecharam
acordo de delação premiada
(Paulo Lisboa/Folhapress)
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Anúncio do acordo foi feito pelo
vice-procurador eleitoral Nicolao Dino. Acordo foi homologado hoje pelo
ministro do STF Edson Fachin
O publicitário João
Santana e a mulher dele, Mônica Moura, fecharam acordo de
delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo vice-procurador-geral eleitoral,
Nicolao Dino, durante o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). Ainda nesta terça, o ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Edson Fachin homologou o acordo e remeteu os autos à PGR. Os
depoimentos citam autoridades que têm foro privilegiado — por isso,
precisavam da autorização do Supremo.
O casal foi responsável pelo
marketing da campanha de Dilma Rousseff (PT) nas eleições de
2010 e 2014. Apesar de estar em sigilo, a informação foi anunciada para
justificar a inclusão de depoimentos do casal de publicitários no processo em
que o PSDB pede a cassação da chapa formada pela petista e pelo presidente Michel
Temer (PMDB), decidida no julgamento de hoje.
“Se afigura não menos importante que se
inquiram também o senhor João Santana, a senhora Mônica Moura e o senhor André
Santana [auxiliar do casal]. Digo isso diante da recentíssima notícia de que as
pessoas agora nominadas celebraram acordo de colaboração premiada com a
Procuradoria-Geral da República, acordo esse que se encontra submetido ao
Supremo Tribunal Federal (STF)”, disse Dino no julgamento.
Santana e Mônica Moura foram
presos na 23ª fase da Operação
Lava Jato, em fevereiro do ano passado, por determinação do juiz federal Sergio Moro, mas foram soltos após
pagarem fiança de 31,4 milhões de reais e ficarem proibidos de atuar em
campanhas eleitorais até uma nova decisão sobre o caso.
Durante as investigações, em
depoimento ao juiz, Mônica, que era responsável pela parte financeira da
empresa de marketing do casal, informou que recebeu 4,5 milhões de dólares em
uma conta offshore na Suíça. Segundo ela, o repasse era referente a
uma dívida por serviços de marketing político prestados ao PT durante a
campanha de Dilma em 2010.
Após o depoimento, o PT
garantiu que todas as “operações do partido foram feitas dentro da legalidade”.
O partido também ressaltou que as contas de campanha eleitoral de 2010 foram
aprovadas pela Justiça Eleitoral.
(Com Agência Brasil)
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