“Em abril de 2013, o prefeito era o Alcebíades Sabino dos Santos do PSC.
Ele tinha um discurso contrário à PPP”. delator Renato Medeiros
Fotos: Angel Morote / Divulgação / Reprodução
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O delator
Renato Medeiros, que foi diretor regional da Odebrecht, declarou que a empresa
deu dinheiro para campanhas eleitorais no interior do estado do Rio de Janeiro.
Em troca, a Odebrecht recebeu apoio para a privatização do sistema de
saneamento de alguns municípios. Muitas dessas obras, no entanto, nunca saíram
do papel.
Nos 92
municípios do estado do Rio de Janeiro, a rede de saneamento básico alcança uma
média de 78,6% dos domicílios urbanos, segundo o IBGE. Mas, entre as cidades
que ficam abaixo da média, estão Rio das Ostras, com 29,4%; Macaé, com 69%; e
Itaboraí, com 40,9% dos domicílios com esgoto.
Os ex-prefeitos
dessas cidades foram citados na delação de dois ex-executivos da Odebretch.
Eles contaram, em depoimento, que Alcebíades Sabino dos Santos, que era
prefeito de Rio das Ostras, Aluízio dos Santos Junior, de Macaé, e Helil
Cardozo, de Itaboraí, receberam vantagens indevidas diretamente ou através de
seus partidos, pagas pela empreiteira, em troca de obras de saneamento básico
que seriam feitas nos municípios.
Rio das Ostras
Em Rio das Ostras, o delator
Renato Medeiros disse que a empreiteira conseguiu fechar um contrato depois de
dar dinheiro ao partido do prefeito, o PSC.
"A PPP [parceria
público-privada] de Rio das Ostras é um contrato antigo da Odebrecht, se
iniciou em 2007, 2006 foi licitação, 2007 começou o contrato. Essa licitação
primeiro tinha uma fase de construção de 2 anos, depois 15 anos de operação. Em
abril de 2013, o prefeito era o Alcebíades Sabino dos Santos, do PSC. Ele tinha
um discurso contrário à PPP e tinha antes da minha chegada feito algumas ações
despropositadas com a intenção de ser contra a PPP. Levei esse tema a Fernando
Cunha Reis, meu superior hierárquico, que identificou na presidência do PSC uma
liderança que pudesse influenciar positivamente. Fernando definiu e determinou
que faríamos contribuições de campanha ao PSC do Rio de Janeiro e com propósito
de evitar essas ações despropositadas do prefeito Sabino pra que ele pudesse
influenciar essa questão. Fernando determinou que fizesse pagamento ao PSC e
que seriam feitos via caixa dois. Foram realizados pagamentos que totalizaram
R$ 2.750.000 ao PSC que se iniciaram em agosto setembro de 2013 ate junho de
2014."
Do G1 Rio
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