Delator da
Odebrecht diz que Lindbergh Faria
foi beneficiado por caixa 2
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Depoimentos informam que doações
começaram em 2008. Senador diz que nunca se envolveu em "atividades
ilegais".
Um novo trecho da delação do
executivo Benedicto Júnior, da Odebrecht, dá detalhes sobre os pagamentos que a
empreiteira fez ao senador Lindberg Farias (PT). De acordo com os relatos, as
doações ocorreram nas eleições de 2008 e de 2010. O ministro Edson Fachin, do
Supremo Tribunal Federal (STF) determinou investigação para saber se essa
doação foi ou não legal.
No dia 14 de junho de 2010, quando
Lindberg disputava uma vaga ao Senado, houve uma conversa entre os executivos
Benedicto Júnior e Leandro Azevedo, eles combinam se encontrar e falar sobre o
senador Lindberg Farias. O email foi apresentado por Benedicto ao Ministério
Público Federal.
"Aqui a gente trouxe uma
comunicação minha com o meu executivo Leandro Azevedo que cuidava da operação
das prefeituras do interior do Rio de Janeiro onde eu fiz um repasse para ele
com um bate-papo com o Linbergh Farias através do sistema bbm então tem uma
conversa".
O procurador então pergunta se a
conversa entre os executivos e o candidato ocorria por um aplicativo de
mensagens.
"Porque ele usava o bbm, eu
tinha o bbm...naquela época 2010 era o sistema que a gente.. Ou era sms ou era
bbm. Então, não tinha um outro e ele usava esse aqui com frequência. Então, o
senhor vê que não tem codinome, não tem nada", disse Benecdito Júnior, em
sua delação.
O executivo da Odebrecht contou
ainda que os encontros com Lindberg Farias sempre foram para tratar de
pagamentos ao candidato. Primeiro em 2008 quando ele disputou a prefeitura de
Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Depois em 2010 quando o candidato do PT
disputou o Senado.
Em outro email, em 19 de agosto de
2010, um email fala da entrega de R$ 625 mil para o então candidato ao Senado
pelo Rio de Janeiro pelo PT, Lindberg Farias. O local de entrega da doação
seria um prédio em São Paulo.
Uma nova mensagem, de 8 de
setembro de 2010 é, segundo Benedicto Júnior, uma mensagem interna do sistema
usado pela Odebrecht para realizar os pagamentos do caixa dois. O email
menciona um pagamento de R$ 750 mil a "Feio", um dos apelidos dados à
empreiteira ao senador Lindberg Farias. Na ocasião, Lindberg disputava pelo Rio
de Janeiro uma vaga ao Senado.
"Os codinomes que nós
adotamos com o Lindberg ou era "lindinho" ou era "feio".
Tinham dois codinomes, um programa do sistema... Os dois condinomes identificam
Lindberg Farias", afirmou Benedicto Júnior em seu depoimento.
No mesmo email aparece o endereço
onde o dinheiro deveria ser entregue: um prédio em São Paulo.
A reportagem do RJTV não encontrou
a defesa do senador Lindberg Farias. Na semana passada, quando surgiram as
primeiras informações sobre doações da Odebrecht ao petista, Lindberg Farias
disse que nunca se envolveu em atividades ilegais e que tem confiança que o
processo será arquivado.
Por G1 Rio
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