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REUTERS/Lucas Jackson Tillerson fala no Conselho
de Segurança
da ONU
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O secretário de Estado
norte-americano, Rex Tillerson, disse nesta sexta-feira que não conter o
desenvolvimento nuclear e de mísseis da Coreia do Norte pode levar a
'consequências catastróficas', enquanto China e Rússia advertiram os Estados
Unidos a não ameaçar usar a força militar.
Recentemente Washington cobriu
Pequim de elogios por seus esforços para conter sua aliada Pyongyang, mas o
ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, deixou claro ao Conselho de
Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que não depende só de seu país
resolver o problema norte-coreano.
"A chave para solucionar a
questão nuclear na península não está nas mãos do lado chinês", disse Wang
ao organismo de 15 membros em comentários que contradisseram a crença da Casa
Branca de que a China exerce uma influência significativa sobre o regime isolado.
A reunião ministerial do conselho,
presidida por Tillerson, expôs antigas divisões entre os EUA e a China sobre a
maneira de lidar com a Coreia do Norte. A China quer conversar primeiro e agir
depois, enquanto os norte-americanos querem que Pyongyang freie seu programa
nuclear antes do início de tais conversas.
"É necessário pôr de lado o
debate sobre quem deveria dar o primeiro passo e parar de discutir sobre quem
está certo e quem está errado", afirmou Wang ao conselho. "Agora é
hora de cogitar seriamente retomar as conversas."
Tillerson respondeu: "Não
iremos negociar nosso retorno à mesa de negociação com a Coreia do Norte, não
iremos recompensar as violações de resoluções anteriores, não iremos
recompensar seu mau comportamento com conversas".
A Coreia do Norte não participou
da reunião.
Em sua primeira visita à ONU, o
secretário dos EUA repreendeu o Conselho de Segurança por não implantar totalmente
as sanções contra os norte-coreanos e disse que, se a entidade tivesse agido,
as tensões resultantes de seu programa nuclear poderiam não ter se
intensificado.
"Deixar de agir agora a
respeito do tema de segurança mais premente do mundo pode trazer consequências
catastróficas", afirmou.
Os EUA não estão pressionando por
uma mudança de regime e preferem uma solução negociada, mas Pyongyang deveria
desmantelar seus programas nuclear e de mísseis por iniciativa própria, disse.
"A ameaça de um ataque nuclear
a Seul, ou Tóquio, é real, e é só uma questão de tempo para a Coreia do Norte
desenvolver a capacidade de atacar o território continental dos EUA",
argumentou o secretário.
Tillerson repetiu a posição do
governo do presidente dos EUA, Donald Trump, de que todas as opções estão na
mesa se Pyongyang persistir com seu desenvolvimento nuclear e de mísseis, mas
Wang disse que ameaças militares não ajudam, e que o diálogo e as negociações
são "a única saída".
Em entrevista à Reuters na
quinta-feira, Trump disse que um "grande, grande conflito" com a
Coreia do Norte é possível devido a seus programas nuclear e de mísseis.
O vice-chanceler da Rússia,
Gennady Gatilov, alertou nesta sexta-feira que o uso da força seria
"completamente inaceitável".
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