© Andre
Dusek/Estadão Raul Jungmann, ministro da Defesa
|
Após almoço com o presidente
Michel Temer neste domingo, 9, o ministro Raul Jungmann (Defesa) disse que o
PPS vai fechar questão para que todos os deputados da sigla votem a favor da
reforma da Previdência.Segundo o ministro, a Executiva do partido vai se reunir
depois do feriado de Páscoa para debater o assunto. Na sequência, haverá um
encontro com a bancada da Câmara, que tem demonstrado resistência em apoiar a
proposta.
“Eu relatei ao presidente Temer
que o PPS optou por fechar questão. As mudanças que foram feitas naqueles cinco
pontos se ajustam ao que era esperado pela bancada”, disse Jungmann.
Com dificuldades em aprovar a
reforma da Previdência, o governo decidiu ceder e, na semana passada, anunciou
alterações na regra de transição, na aposentadoria do trabalhador rural, nos
regimes especiais para policiais e professores, no Benefício de Prestação
Continuada (BPC) -- para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda -- e
nas pensões.
Apesar da declaração de Jungmann,
o líder do PPS na Câmara, Arnaldo Jordy (PA), afirmou que as mudanças devem
facilitar o apoio dos deputados do partido à proposta. Ele, no entanto, disse
que a bancada vai esperar o texto final do relator Arthur Maia (PPS-BA) para
decidir se vai ou não fechar questão.
A postura do PPS em relação à
Previdência tem irritado o Palácio do Planalto. Interlocutores de Temer lembram
que o partido, que tem apenas oito deputados, ocupa duas pastas na Esplanada
dos Ministérios – Defesa, com Jungmann, e Cultura, com Roberto Freire.
A postura do líder do partido na
Câmara também preocupou o Planalto. Jordy, que inicialmente havia se declarado
a favor da reforma no placar do Estadão, mudou de ideia após sofrer
pressão em sua base eleitoral e procurou o jornal para se posicionar contra a
aprovação da Previdência.
Convescote. O almoço
deste domingo aconteceu na residência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ). Além de Temer e Jungmann, também participaram do encontro os
ministros Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassay (Secretaria de Governo) e
Mendonça Filho (Educação). O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE),
e o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), também estiveram na
reunião.
Apesar do clima tenso por causa da
Previdência, Jungmann falou que o encontro teve um clima descontraído. “Foi um
convescote, não teve uma pauta definida. Conversa solta, conversa frouxa”,
afirmou.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!