O executivo
Marcelo Odebrecht (Heuler Andrey/AFP)
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Pessoas presentes no
interrogatório de Odebrecht apresentaram os aparelhos ao juiz da Lava Jato para
provar que não foram eles que passaram as informações
Uma situação inusitada aconteceu
nesta segunda-feira durante o depoimento do ex-presidente da Odebrecht, Marcelo
Odebrecht, no processo em que ele responde por corrupção e lavagem de dinheiro
na Operação Lava Jato junto com o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil
Antônio Palocci. No final da oitiva, o advogado do petista, José Roberto
Batochio, interveio para dizer ao juiz Sergio Moro que trechos do depoimento de
Odebrecht estavam sendo vazados à imprensa — as declarações do delator estão em
segredo de Justiça por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Após rápida checagem do site, o
Juízo constatou que de fato teria reprodução de afirmações (…) que só poderiam
ter saído desta sala”, escreveu Moro no termo da audiência. Diante disso, os
policiais federais, os procuradores da república e os 26 advogados presentes na
sessão mostraram “voluntariamente” os seus aparelhos celulares para provarem
que não foram eles que transmitiram as informações. No documento, Moro fez uma
ressalva de que não poderia exigir deles essa atitude, pois isso configuraria
“quebra de sigilo profissional”. Ele também acrescentou que ele próprio e uma
servidora do tribunal estavam sem celulares durante o depoimento.
No fim do texto, Moro lamentou o
ocorrido e registrou que, “apesar da voluntariedade da providência acima, nada
foi elucidado”. No âmbito da mesma ação penal, os próximos a serem interrogados
serão o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, no dia 17 de abril; o
ex-marqueteiro do PT João Santana e a sua mulher, Mônica Moura, no dia 18; e
Antônio Palocci no dia 20.
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