A dívida da
corporação com seus agentes foi revelada pelo chefe
da Polícia
Civil, Carlos Augusto Leva, à Alerj na terça-feira (21).
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Levantamento apresentado à
Alerj inclui RAS e 13º. Policiais estão em greve há mais de dois meses.Valor
corresponde a cerca de 1/5 do que foi desviado por grupo ligado a Cabral,
segundo o MPF.
Os atrasos salariais que tanto
incomodam os policiais civis, citados para justificar a greve que dura mais de
dois meses, resultam uma dívida da corporação com seus servidores equivalente a
R$ 82 milhões. O valor corresponde a aproximadamente de 1/5 (20,5%) dos R$ 400
milhões que, segundo o Ministério Público Federal, foram desviados pelo grupo
que seria liderado por Sérgio Cabral.
A dívida da corporação com seus
agentes foi revelada pelo chefe da Polícia Civil, Carlos Augusto Leva, à Alerj
na terça-feira (21). No mesmo dia, o MPF fez uma cerimônia com membros da
Justiça para devolver parte do valor que teria sido desviado por Cabral. O
recurso, R$ 250 milhões, foi utilizado para o pagamento do 13º salário de 146
mil aposentados e pensionistas de 2016.
Dívida com policiais civis
A maior parte dos R$ 82 milhões
devidos aos policiais civis vêm do décimo terceiro: mais de R$ 68 milhões.
O restante do valor corresponde ao
Regime Adicional de Serviço (RAS), R$ 5,9 milhões, e ao Sistema Integrado de
Metas (SIM), R$ 8 milhões, respectivamente.
O RAS, de acordo com Leba, estaria
atrasado desde agosto, mas o mês de setembro já havia começado a ser pago.
O levantamento apresentado pelo
chefe da Polícia foi feito em encontro da comissão de segurança pública sobre a
crise vivida pela corporação.
As entidades de classe da Polícia
Civil criticaram o que chamam de "sucateamento" da Polícia Civil.
Além dos salários, eles se queixam do pouco investimento em treinamento e
equipamentos.
"Todo dia nós lemos uma
tragédia nos jornais por conta do sucateamento da polícia civil. Ao longo dos
anos e dos governos, tem-se investido pouco em polícia judiciária e mais em
medidas que possam ter mais efeito eleitoreiro, como colocar uma viatura na rua
e fazer o cidadão achar que é um investimento em segurança pública",
afirmou o presidente do sindicato dos policiais civis, Rafael Barcia.
Na ocasião, o secretário de
segurança, Roberto Sá, afirmou que não havia um cronograma que estipulasse o
pagamento dos atrasos.
"Esse calendário só poderá
ser anunciado à ordem do governo do estado ou pela secretaria de Fazenda,
quando nos der essa garantia", disse ele. "A reivindicação dos
senhores é a nossa e chega ao governador constantemente".
G1 Rio
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