Miomas uterinos atingem 70% das mulheres | Rio das Ostras Jornal

Miomas uterinos atingem 70% das mulheres

Os miomas são tumores benignos que aparecem no útero da mulher
e podem causar dores e sangramentos intensos. Foto: Divulgação
Na semana do Dia Internacional da Mulher, o assunto é voltado para elas

Pesquisas apontam que cerca de 70% das mulheres desenvolvem miomas uterinos durante o período fértil, ou seja, desde a sua primeira menstruação até a menopausa. No entanto, a maioria dos casos não aparece em seu estado grave e a mulher convive muito bem com ele.  Entre 20% e 30% das mulheres há uma necessidade de tratamento específico e uma das formas de tratar o mioma é através da embolização uterina, um procedimento minimamente invasivo, realizado por angiologistas.

Os miomas são tumores benignos que aparecem no útero da mulher e podem causar dores e sangramentos intensos. O diagnóstico é feito pelo ginecologista, durante as consultas de rotina e, dependendo da forma de tratamento, a paciente é encaminhada ao angiologista para a realização do procedimento.

“Normalmente a mulher chega ao consultório se queixando de aumento importante do fluxo menstrual, muitas vezes chegando a causar hemorragias, o que leva a um quadro de anemia grave. Também é bastante comum estar associado à dor pélvica ou durante às relações sexuais. Sensação de pressão na bexiga e aumento do volume abdominal também podem acontecer”, explicou a ginecologista Ana Carolina Curty. Segundo a médica, quando o mioma é detectado é preciso verificar qual é o melhor tratamento para o caso.

Para o angiologista da Unicor Macaé, Fábio Brito, a embolização uterina é um procedimento que não deixa cicatriz e a recuperação é muito rápida. Além disso, a anestesia é local e a internação é curta. O médico ressaltou que o equipamento utilizado nesses casos é fundamental para a realização do procedimento. “Temos um equipamento de hemodinâmica de última geração, conseguimos visualizar em 3D todo processo cirúrgico e o corte é mínimo, cerca de dois milímetros. Em alguns casos nem ponto precisa, fazemos uma compressão na pele, logo após a retirada do cateter e pronto. É uma cirurgia simples e em quatro dias a paciente está de volta às suas atividades”, explicou.
Dr. Fábio contou que o mioma se alimenta de sangue a embolização uterina elimina a entrada de sangue no tumor. “Injetamos micropartículas plásticas, através do cateter, na artéria uterina que alimenta o mioma. Com isso nós conseguimos entupir a artéria propositalmente, tiramos o alimento do mioma e ele regride”, revelou.

O tamanho do útero e dos miomas regride em até 50% três meses após a embolização e em até 90% um ano após. Os efeitos provocados pela embolização são permanentes, o que raramente torna necessário algum procedimento terapêutico adicional.

Mioma X fertilidade
Quando um mioma é descoberto, principalmente em mulheres até 40 anos, a primeira coisa que vem na cabeça de muitas delas é: vou poder ter filhos?

De acordo com Ana Carolina, este assunto é bastante controverso e depende basicamente de situações individuais. Portanto, não existe um consenso universal. “Alguns estudos mostram que a minoria das mulheres que apresentam problemas de infertilidade está relacionada aos miomas e a embolização uterina é seguramente uma excelente opção terapêutica para as mulheres que desejam preservar a sua fertilidade”, esclareceu.

Foi observado e documentado cientificamente que mulheres que fizeram embolização para tratamento de mioma ou outras patologias ginecológicas não somente engravidaram após o procedimento, mas também tiveram partos normais. O próprio Colégio Americano de Ginecologistas e Obstetras reconheceu que "a gravidez é possível após a embolização de miomas".

Dr. Fábio frisou: “Se o caso for de mioma sintomático, a mulher deve procurar o ginecologista para saber se ela pode ser submetida à embolização uterina”.

Curiosidade

Existem os miomas subserosos, intramurais e os submucosos. Os miomas que mais causam sintomas são os intramurais e submucosos, sendo estes os mais apropriados para a embolização uterina. Na França quase não se realiza mais a histerectomia, cirurgia de retirada de útero, apenas para o tratamento de miomas. No Brasil, por vários motivos, inclusive o financeiro, quase não se realiza a embolização.
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