Os operadores
financeiros Jorge Luz e o filho dele Bruno Luz, ligados ao PMDB, são alvo da
38ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal (PF), no Rio de
Janeiro, nesta quinta-feira (23). Os mandados expedidos contra eles são de
prisão preventiva. A PF informou que os dois estão no exterior e já estão na
lista de procurados da Interpol, a chamada difusão vermelha.
A operação foi
batizada de Blackout e também teve 15 mandados de busca e apreensão expedidos.
Em nota, a
assessoria de imprensa do presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (PMDB-RR),
disse que os envolvidos desta operação não tem relação com o partido e nunca
foram autorizados a falar em nome do PMDB.
De acordo com
as investigações, os operadores foram identificados como facilitadores na
movimentação de recursos indevidos pagos a integrantes das diretorias da
Petrobras. A dupla também é suspeita de utilizar contas no exterior para fazer repasse
de propinas a agentes públicos, segundo o Ministério Público Federal (MPF).
Pai e filho são
investigados pelos crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de
divisas, lavagem de dinheiro dentre outros, ainda de acordo com a PF.
Os mandados protocolados
pela força-tarefa tiveram como base principal os depoimentos de colaborações
premiadas reforçados pela apresentação de informações documentais, além de
provas levantadas por intermédio de cooperação jurídica internacional.
"Entre
os contratos da diretoria Internacional, os alvos são suspeitos de intermediar
propinas na compra dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitória 10.000; na
operação do navio sonda Vitoria 10.000 e na venda, pela Petrobras, da Transener
para a empresa Eletroengenharia", disse o MPF.
Para realização
dos pagamentos de propina de forma dissimulada, a dupla utilizava contas de
empresas offshores na Suiça e nas Bahamas, ainda de acordo com o MPF.
"As
prisões foram decretadas para garantia de ordem pública e para assegurar a
aplicação da lei penal, tendo em conta a notícia que os investigados se
evadiram recentemente para o exterior, possuindo inclusive dupla
nacionalidade", disse o procurador Diogo Castor de Mattos.
Ao autorizar a
38ª fase, segundo o MPF, o juiz federal Sérgio Moro destacou que o caráter
serial dos crimes, com intermediação reiterada de pagamento de vantagem
indevida a diversos agentes públicos é indicativo de atuação criminal
profissional.
Cerveró diz
que recebeu propina através de Jorge Luz
Em seu primeiro depoimento na condição de delator da Lava Jato, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou ao juiz Sérgio Moro que o senador Renan Calheiros, do PMDB, recebeu propina de dinheiro desviado da Petrobras através de Jorge Luz.
Em seu primeiro depoimento na condição de delator da Lava Jato, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou ao juiz Sérgio Moro que o senador Renan Calheiros, do PMDB, recebeu propina de dinheiro desviado da Petrobras através de Jorge Luz.
“O Jorge Luz
era um operador dos muitos que atuam na Petrobras. Eu conheci o Jorge Luz,
inclusive nós trabalhamos, também faz parte de uma propina que eu recebi, que
faz parte da minha colaboração na Argentina. E foi o operador que pagou os US$
6 milhões, da comissão. Da propina da sonda Petrobras 10.000, foi o Jorge Luz
encarregado de pagar ao senador Renan Calheiros...”, disse Cerveró. A
assessoria de Renan Calheiros disse que ele nega irregularidades.
O nome da
operação
Conforme a PF, o nome da operação é uma referência ao sobrenome dos dois operadores.
Conforme a PF, o nome da operação é uma referência ao sobrenome dos dois operadores.
"A
simbologia do nome tem por objetivo demonstrar a interrupção definitiva
da atuação destes investigados como representantes deste poderoso esquema de
corrupção", disse a PF. Os presos serão levados para a Superintendência da
Polícia Federal, em Curitiba.
O que dizem
as defesas
Em nota, a assessoria de imprensa do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) reafirma que a chance de se encontrar qualquer irregularidade em suas contas pessoais ou eleitorais é igual a zero.
Em nota, a assessoria de imprensa do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) reafirma que a chance de se encontrar qualquer irregularidade em suas contas pessoais ou eleitorais é igual a zero.
"O senador
reitera ainda que todas as suas relações com empresas, diretores ou outros
investigados não ultrapassaram os limites institucionais.Embora conheça a
pessoa mencionada no noticiário, não o vê há 25 anos e que não possui nenhum
operador", diz a nota.
37ª fase
A penúltima fase da operação foi batizada de Calicute prendeu o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral sob a suspeita de receber milhões em propina para fechar contratos públicos. A operação foi uma ação coordenada entre as forças-tarefa da Lava Jato do Rio e do Paraná. Foram cumpridos vários mandados judiciais expedidos pela 7ª Vara da Justiça Federal do Rio de Janeiro e pela 13ª Vara da Justiça do Paraná.
A penúltima fase da operação foi batizada de Calicute prendeu o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral sob a suspeita de receber milhões em propina para fechar contratos públicos. A operação foi uma ação coordenada entre as forças-tarefa da Lava Jato do Rio e do Paraná. Foram cumpridos vários mandados judiciais expedidos pela 7ª Vara da Justiça Federal do Rio de Janeiro e pela 13ª Vara da Justiça do Paraná.
O ex-governador
já teve três pedidos de prisão preventiva cumpridos contra ele e segue no
Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde estão os
outros presos das operações Calicute e Eficiência.
Adriana
Justi Do G1 PR
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!