Acerto da
compra da Ale pela Ipiranga, por 2,17 bilhões
de reais,
foi anunciado em meados de 2016
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Para Cade, alta ocorreria em
função "do aumento do poder de mercado da Ipiranga e da elevação da
possibilidade de atuação coordenada das empresas do setor"
A Superintendência-Geral do
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) concluiu, em parecer divulgado quarta-feira, que a compra da
distribuidora de combustíveis Ale pela Ipiranga, da Ultrapar, pode resultar
em elevação de preços na
distribuição e na revenda.
Essa alta nos preços dos
combustíveis, acrescentou o órgão, ocorreria em função “do aumento do poder de
mercado da Ipiranga e da elevação da possibilidade de atuação coordenada das
empresas do setor”, dominado por quatro companhias (BR Distribuidora, da
Petrobras; Raízen, da Shell e Cosan; Ipiranga e Ale).
Segundo o parecer, os mercados
mais afetados pela operação são os de gasolina, diesel e etanol.
“Por essa razão, a operação foi
impugnada para análise do Tribunal do Cade, órgão responsável pela decisão
final sobre a aprovação, reprovação ou adoção de eventuais remédios que afastem
os problemas identificados”, afirmou o órgão em nota.
O acerto da compra da Ale pela
Ipiranga, por 2,17 bilhões de reais, foi anunciado em meados de 2016.
Procurada, a Ipiranga não se manifestou imediatamente sobre o assunto.
As determinações do tribunal podem
ser aplicadas de forma unilateral ou mediante acordo com as partes, acrescentou
o comunicado.
O ato de concentração foi
notificado em 19 de setembro de 2016, e o prazo legal para a decisão final do
Cade é de 240 dias, prorrogáveis por mais 90.
(Com agência Reuters)
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