Eike
Batista: sem formação superior, empresário
não tem
direito a cela especial.
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Desde que prisão preventiva de
Eike Batista foi decretada até ele ser detido na segunda-feira (30), um frisson
em torno de sua escolaridade se formou.
Sem curso superior, o empresário
não teria direito a uma cela especial –
o que acabou se confirmando. Porém, parece que nem mesmo as empresas do
ex-bilionário sabiam ao certo se ele tinha um ou não um diploma.
A CCX, companhia de mineração de
carvão da qual Eike ainda detém 56,22% das ações, comunicou ao mercado na
quarta-feira (1) que, diferentemente do que seu formulário de referência
informava, ele não é engenheiro.
O esclarecimento veio depois que a
CVM (Comissão de Valores Mobiliários) contestou a firma.
“A companhia consultou imediata e
formalmente os assessores diretos do Sr. Eike Batista sobre o tema, os quais
confirmaram que o Sr. Eike Batista efetivamente cursou engenharia metalúrgica
pela Universidade de Aachen, Alemanha, mas não chegou a completar a graduação”,
dizia o comunicado.
A CCX disse ainda que corrigiria o
equívoco no documento e que “em nenhum momento buscou induzir qualquer
investidor a erro a esse respeito”.
Outras duas empresas de Eike, a
OGpar (ex-OGX) e a MMX, reforçaram em comunicados ao mercado que a prisão do
acionista não afeta seus negócios.
Eike está preso na penitenciária
Bandeira Stampa, no Rio de Janeiro, conhecida como Bangu 9. Ele chegou a passar
duas horas no superlotado presídio Ary Franco, também na cidade, mas foi transferido
para garantia de sua integridade física.
Eike é investigado na Operação
Eficiência, no âmbito da Lava Jato, suspeito de ter pagado propina ao
ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Ele teria transferido 16,5 milhões de
dólares político, preso desde novembro, por meio de uma conta no Panamá.
Exame.com
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