O juiz
Sérgio Moro com a mulher Rosângela Moro, durante festa
da revista Time das pessoas mais influentes do
mundo
(Ben Gabbe/Getty Images)
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A advogada Rosângela Wolff Moro
tentará evitar que o magistrado se torne réu por abuso de autoridade; ação
tramita no Tribunal Regional Federal da 4ª Região
O juiz federal Sergio Moro,
responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, escolheu sua
mulher, a advogada Rosângela Wolff Moro, para defendê-lo no processo
movido contra ele pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A queixa-crime de Lula contra Moro alega abuso de autoridade do magistrado e
tramita na 4ª seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sob a
relatoria do desembargador Sebastião Ogê Muniz.
Rosângela, que é procuradora
jurídica das Apaes (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) do Paraná,
ganhou notoriedade nas redes sociais por ter criado a página “Eu MORO com ele
#rosangelawolffmoro”, que tem 576.355 curtidas no Facebook. No perfil,
Rosângela e uma colaboradora recebem e publicam manifestações de apoio
ao juiz.
Como defensora do marido, a
advogada tentará evitar que ele se torne réu na ação em que é acusado pelo
petista de cometer abusos por ter autorizado a condução coercitiva do
ex-presidente para depor no Aeroporto de Congonhas, “privando-o de seu direito
de liberdade por aproximadamente 6 horas”, pelos mandados de busca e apreensão
expedidos contra ele e pela interceptação “indevida” de ligações telefônicas.
Entre as punições previstas para
esse tipo de delito, estão a detenção de dez dias a seis meses, a suspensão e a
exoneração do cargo, conforme frisado pela nota assinada pelos advogados
Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira.
“Após expor todos os fatos que
configuram abuso de autoridade, a petição pede que o agente público Sergio
Fernando Moro seja condenado nas penas previstas no artigo 6º. da Lei 4.898/65,
que pune o abuso de autoridade com detenção de dez dias a seis meses, além de
outras sanções civis e administrativas, inclusive a suspensão do cargo e até
mesmo a demissão”, diz o texto.
O petista foi alvo da 24ª fase da
Lava Jato, a Aletheia, deflagrada em março de 2016. Desde então, a defesa
do ex-presidente tem travado uma cruzada para afastar Moro do caso. Já pediu a
suspeição dele e do desembargador João Pedro Gebran Neto, responsável pelos
processos da Lava Jato em segunda instância no TRF4; e protocolou na
Organização das Nações Unidas (ONU) um documento que acusa Moro de
arbitrariedades e violação dos direitos humanos.
Lula é réu em três processos relacionados à Lava Jato, dois dos quais correm sob as mãos de Moro. O ex-presidente também será julgado em outras duas ações penais derivadas das operações Janus e Zelotes, ambas na Justiça Federal do Distrito Federal.
Veja.com
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