O empresário
Eike Batista e o ex-governador
Sérgio
Cabral
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Empreiteira que construiu a
penitenciária por 17 milhões de reais é suspeita de pagar propina para operador
de ex-governador
Até a penitenciária onde está
preso Eike Batista é suspeita de envolvimento nos escândalos de corrupção
protagonizados pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. A cadeia
pública Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, para onde o empresário acabou
transferido nesta segunda-feira (30), foi construída por uma empreiteira
investigada na operação Calicute, a primeira fase da Lava-Jato fluminense.
Cabral inaugurou o prédio em março
de 2011, pouco depois do início do seu segundo mandato. Responsável pela obra,
a FW Engenharia é apontada pelo Ministério Público Federal como suspeita de
fazer parte do esquema de cobrança de propina encabeçado pelo ex-governador.
As investigações apontam que a
Bandeira Stampa foi construída a partir de um contrato de 17 milhões de reais,
que vigorou entre 22 de fevereiro e 19 de novembro de 2010. Segundo os
procuradores, uma mulher identificada como Nadia, funcionária da FW, está entre
os estranhos contatos telefônicos de um dos operadores de Cabral, Carlos
Miranda, também preso no Complexo Penitenciário de Bangu. Procurada pelo site
de VEJA, a empreiteira não quis se pronunciar.
Bangu 9 é considerada uma cadeia
em bom estado de conservação. No local, estão presos ex-policiais envolvidos em
crimes ligados à milícia. Essa noite, Eike vai dormir em um dos três beliches
de uma cela de 15 metros quadrados, com capacidade para seis detentos. Para as
necessidades físicas há um buraco no chão, e chuveiro com água gelada para o
banho. A unidade prisional não está superlotada: são 541 vagas para 422 presos.
A Secretaria de Administração
Penitenciária informou que o cardápio diário da unidade consiste em arroz ou
macarrão, feijão, uma porção de proteína (carne, frango ou peixe), salada,
fruta doce de sobremesa e refresco. O café da manhã se limita a um café com
leite e pão com manteiga. O lanche da tarde tem suco e bolo.
Eike, assim como outros presos,
tem direito a banho de sol duas horas por dia. Visitas só serão autorizadas
depois de emissão de uma carteirinha -processo que demora cerca de 15 dias para
ser concluído.
Veja.com
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