Teori nega pedido de liberdade e mantém Dirceu na cadeia em Curitiba | Rio das Ostras Jornal

Teori nega pedido de liberdade e mantém Dirceu na cadeia em Curitiba

Defesa de Dirceu alegou que prisão não é mais necessária em razão
da 'ausência de risco' de cometimento de novos crimes
 (Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)
Ex-ministro da Casa Civil foi preso pela Lava Jato em agosto de 2015. Petista foi condenado por Sérgio Moro a 20 anos e 10 meses de prisão.
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido de liberdade apresentado pela defesa de José Dirceu e manteve o ex-ministro na cadeia em Curitiba. Ao negar o habeas corpus, o magistrado afirmou que o pedido deverá ser analisado diretamente no plenário do tribunal. Ainda não há data para os ministros da Suprema Corte julgarem o caso.
O petista está preso preventivamente (sem prazo determinado) desde agosto do ano passado por suspeita de envolvimento na Lava Jato.
No habeas corpus, a defesa de Dirceu alegava que a prisão não era mais necessária pela "ausência de risco" de cometimento de novos crimes.
A prisão preventiva do petista foi decretada no ano passado sob o argumento de que ele recebeu propina oriunda de contratos da Petrobras enquanto era investigado pelo mensalão do PT.
Segundo as investigações da Lava Jato, Dirceru teria simulado contratos com empresas para receber R$ 1,7 milhão desviado da Petrobras.
A defesa nega e diz que ele efetivamente prestou serviços de consultoria para construtoras e outras firmas.
Os advogados afirmam que os pagamentos feitos ao ex-chefe da Casa Civil são decorrentes de relações profissionais celebradas "anteriormente” a sua condenação no processo do mensalão do PT, em 2012.
Dirceu foi condenado a 20 anos e 10 meses de prisão pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Mensalão do PT
No mensalão do PT, o ex-chefe da Casa Civil foi condenado a 7 anos e 11 meses por corrupção ativa. Ele foi considerado o chefe do esquema de compra de votos de parlamentares para favorecer os primeiros anos do governo Lula.
Ao negar na última terça (11) o habeas corpus para Dirceu, Teori explicou que o pedido de liberdade não demonstrou elementos necessários para a soltura por decisão liminar (provisória), sobretudo em razão da condenação do ex-ministro.
Além disso, o ministro do STF reproduziu trechos da decisão de Moro, na qual o magistrado do Paraná decretou a prisão preventiva do ex-ministro.

“A prova do recebimento de propina mesmo durante o processamento da Ação Penal 470 reforça os indícios de profissionalismo e habitualidade na prática do crime, recomendando, mais uma vez, a prisão para prevenir risco à ordem pública”, reproduziu Teori em trecho de sua decisão.
Do G1, em Brasília

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