O arcebispo
de Lyon, Philippe Barbarin, fala a jornalistas no jardim
da
arquidiocese, na terça (28) (Foto: Philippe Desmazes/AFP)
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Eles foram suspensos por arcebispo
de Lyon; nomes não foram divulgados. Cardeal vinha sendo criticado há meses por supostamente acobertar casos.
O arcebispo de Lyon, Philippe
Barbarin, suspendeu na quinta-feira (30) quatro padres relacionados com casos
de abusos sexuais, em resposta aos recentes escândalos na Igreja, introduzindo,
além disso, um regulamento restrito nesta diocese do leste da França.
O cardeal, um dos responsáveis
mais influentes do episcopado francês, é objeto de críticas há alguns meses por
não ter denunciado os casos de pedofilia no seio da Igreja.
A decisão de retirar de suas
funções quatro religiosos, cujas identidades não foram informadas, foi tomada
depois de consultar um grupo de especialistas.
O grupo foi mediado por um vigário
e composto por um juiz honorário, um psiquiatra, uma psicoanalista, um médico,
representantes dos padres, assistentes sociais e o dirigente da diocese.
"Os fatos estão nas mãos da
justiça em todos os casos", afirmou a diocese em um comunicado.
Na lista não está o padre Bernard
Preynat, formalmente acusado, em janeiro passado, por violências sexuais
cometidas entre 1986 e 1991 contra diversos escoteiros.
Barbarin, fortemente criticado por
este caso, foi interrogado pela
polícia como parte das investigações.
Ainda que os feitos tenham
acontecido onze anos antes do arcebispo chegar ao seu cargo, Barbarin foi
acusado de deixar que o padre ficasse na paróquia, em contato com as crianças,
até agosto de 2015.
O cardeal, no entanto, assegura
que nunca encobriu "o menor ato de pedofilia".
Novas normas
A partir de agora, as regras da diocese estipulam que "qualquer padre que tenha cometido agressões sexuais contra menores, seja qual for a data do feito ou a data em que for descoberto, será afastado definitivamente do ministério".
A partir de agora, as regras da diocese estipulam que "qualquer padre que tenha cometido agressões sexuais contra menores, seja qual for a data do feito ou a data em que for descoberto, será afastado definitivamente do ministério".
Qualquer religioso suspeito de
abusos sexuais "será investigado ou levado a uma jurisdição penal, e será
provisoriamente afastado de suas funções enquanto durar o processo, ainda que respeitando
a presunção de inocência", indicou a diocese.
Também será exigido que qualquer
religioso que chegue à diocese, inclusive para cargos temporários, tenha um
documento assinado por seu superior.
Representantes das vítimas
repreendem Barbarin por não ter informado à Justiça sobre os abusos cometidos
por um sacerdote, apesar de estar ciente desde 2007.
Para responder às críticas, a
hierarquia da Igreja francesa anunciou, em abril, uma série de medidas
destinadas a esclarecer as denúncias de pedofilia e de agressões sexuais contra
seus membros, incluindo os casos antigos.
Barabarin reconheceu os erros na
gestão e na nomeação de alguns sacerdotes e também pediu perdão às vítimas.
Da France Presse
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