Data foi acordada entre candidatos
e líderes partidários neste domingo. Anúncio sobre dia do pleito deve
ser feito nesta segunda por Waldir Maranhão.
Após um fim de semana de intensas
negociações, líderes partidários e o presidente em exercício da Câmara, Waldir
Maranhão (PP-MA), acordaram que a eleição para a presidência da Casa deve ser
realizada na noite da próxima quarta-feira (13).
Maranhão foi convencido neste
domingo (10) por interlocutores do governo Michel Temer a antecipar a data da
eleição, marcada anteriormente por ele para quinta. Ele deve anunciar a mudança
após reunião de líderes nesta segunda.
Desde que a corrida pela
presidência da Câmara, que estava limitada aos subterrâneos do Legislativo nas
últimas semanas, foi deflagrada oficialmente na última quinta (7), quando
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou ao comando da casa legislativa, a data da
eleição se transformou em um conflito entre o presidente interino da Casa e
líderes partidários.
No mesmo dia da renúncia, Maranhão
marcou o pleito para a próxima quinta, mas foi desautorizado pelos líderes
partidários, que a anteciparam para terça.
Em retaliação, o presidente em
exercício exonerou o secretário-geral da Mesa Diretora, o servidor Silvio
Avelino, que participou da reunião dos líderes.
Ele também mandou retirar as
cabines de votação que já estavam sendo instaladas no plenário, e reafirmou que
a eleição seria apenas na quinta.
O "Centrão", bloco mais
alinhado a Eduardo Cunha, queria manter a eleição na terça para coincidir com a
data da votação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de um recurso
apresentado pelo peemedebista que tenta reverter a decisão do Conselho de Ética
a favor da cassação de Cunha.
Já os partidos independentes e de
oposição queriam a eleição na quinta para ganhar tempo nas negociações para
construir candidaturas capazes de vencer o bloco.
Apesar de o anúncio da nova data
da eleição estar previsto para esta segunda, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ),
um dos principais candidatos à presidência da Casa confirmou, em entrevista à
TV Globo, que o pleito será realizado na quarta.
Ele, que ainda não oficializou sua
candidatura porque tenta angariar apoio junto aos colegas, disse que considera
"natural" que todos os partidos trabalhem para ter candidatos
próprios, mas defendeu um "acordo" para que o futuro presidente tenha
um perfil de "conciliação e diálogo".
Na entrevista, Maia confirmou que
será candidato e que, após o apoio dos partidos mais próximos ao DEM, irá
buscar conversar com os outros "núcleos de poder" na Câmara, como o
"Centrão" e a oposição.
"O trabalho [pelas
candidaturas] começou ontem, anteontem. Então é natural que todos estejam
trabalhando pra construir a musculatura dos seus projetos. [...] Esse perfil de
conciliação e de diálogo, eu acho que independente do nome, esse é o perfil que
deve ser construído na eleição de quarta-feira", disse.
Da TV Globo, em Brasília
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