O líder do
PDT afirmou que a gota d’agua para a decisão são
as acusações
feitas ao partido pela liderança do governo.
Foto: Nilson
Bastian/Câmara dos Deputados
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Dois partidos da base governista
anunciaram na quarta-feira (5) distanciamento da base e se declararam
independentes em relação às votações da Câmara. Líder do PDT, o deputado André
Figueiredo (CE) disse que seu partido não irá mais participar das reuniões dos
líderes da base governista e terá, a partir de agora, uma postura de
independência em relação ao governo.
Segundo Figueiredo, os próximos
passos da legenda serão decididos pela direção nacional.
O líder do PDT afirmou que a gota
d’agua para a decisão são as acusações feitas ao partido pela liderança do
governo, que tem acusado o PDT de ”traidor”. "Somos tachados de traidores
pela liderança do governo. Isso tem sido feito de forma recorrente."
Durante a votação das medidas provisórias do ajuste fiscal, o PDT se posicionou
contra a orientação do Palácio do Planalto.
"Não admitiremos mais sermos
chamados de infiéis ou traidores. Nunca traímos a bandeira defendida por Leonel
de Moura Brizola, nosso líder maior", acrescentou Figueiredo. O líder
informou que comunicou a posição da bancada ao ministro do Trabalho, o
pedetista Manoel Dias, e também ao presidente da legenda, Carlos Lupy.
Líder do PTB, o deputado Jovair
Arantes (GO) anunciou no plenário da Câmara que a bancada se reuniu hoje e
decidiu assumir posição de independência em relação às votações de interesse do
governo. “A bancada declara independência com relação às votações na Casa e
reserva o direito de votar como quiser.”
O líder do governo, deputado José
Guimarães (PT-CE), informou que, no caso do PTB, tudo foi feito com
diálogo. Quanto ao PDT , ele só tomou conhecimento após o discurso do líder do
partido no plenário da Câmara.
Guimarães expilcou que a lição
tirada de ontem (4) para hoje, quando foi rejeitado requerimento para retirar
de pauta a proposta de emenda à Constituição (PEC 443) e com a decisão das
lideranças de votar a matéria hoje, é que “ temos de refazer a base. A ordem é
estarmos unidos. Temos de dialogar com os ministros que são das cotas dos
partidos. É preciso refazer a base”, concluiu.
Editor Armando Cardoso
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