Após ser o mais votado pela
categoria para chefiar o Ministério Público Federal (MPF) pelos próximos dois
anos, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou uma mensagem na
rede interna do órgão para agradecer o apoio dos colegas e ressaltar que
aguarda as próximas etapas do processo de indicação ao cargo com
"confiança". "Unidos, venceremos. Mantenho o entusiasmo e a
humildade para as próximas etapas e para a vida. Paciência e confiança",
escreveu Janot aos colegas.
Com 799 votos recebidos, Janot
encabeçou a lista tríplice que será encaminhada ao Planalto com ampla folga. O
segundo colocado, subprocurador Mario Bonsaglia, teve 462 votos, enquanto a
terceira, Raquel Dodge, recebeu 402 votos. Maior opositor de Janot durante a
campanha, o subprocurador Carlos Frederico Santos ficou de fora da lista
tríplice.
Na mensagem, Janot disse agradecer
com "alegria e humildade" os votos. "A confiança e o
reconhecimento da classe serve de estímulo, motivação e fortalecimento,
mostrando que os caminhos focados na responsabilidade, em muito trabalho e no
continuado diálogo, com seriedade e transparência, são frutíferos",
escreveu o procurador-geral.
Para se manter no cargo, o
procurador-geral da República precisa agora ser indicado pela presidente Dilma
Rousseff e passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado
e votação secreta na Casa, onde 13 senadores são investigados na Lava Jato.
Janot cumprimentou os colegas que
participaram da campanha para a chefia do Ministério Público e a formação da
lista tríplice pela categoria. Segundo ele, a formação da lista de escolhidos
pela carreira é uma "conquista constitucional irreversível". Embora
não seja exigido, os governos do PT tem convencionado indicar ao cargo de
procurador-geral da República o mais votado da lista formada pela categoria.
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