Os primeiros itens produzidos por meio dessas parcerias – aparelhos auditivos e DIU – já estão prontos e começarão a ser distribuídos ao SUS no ano que vem.
O
Brasil vai produzir mais 19 itens considerados estratégicos pelo Sistema Único
de Saúde (SUS), sendo 15 equipamentos e quatro medicamentos, usados
principalmente em tratamentos cardíacos e renais. O anúncio foi feito ontem (11)
pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A expectativa da pasta é que, em
cinco anos, a produção nacional desses itens, que também atendem às áreas
oftalmológica, oncológica, de transplante e diagnóstico e monitoração, gere aos
cofres públicos economia de R$ 5,5 bilhões.
De
acordo com Padilha, a redução dos gastos com a importação varia entre 14% e
25%, dependendo do produto. As 15 novas parcerias para desenvolvimento
produtivo (PDPs) envolvem sete laboratórios públicos e oito privados e ajudam a
consolidar a "segurança sanitária" no país, ao garantir o acesso de
pacientes que precisam de tais medicamentos.
"Essas
parcerias permitem, de um lado, construir uma indústria inovadora, com grande
produtividade e incorporação tecnológica, e, ao mesmo tempo, o que é o nosso
diferencial, ampliar o acesso da população aos produtos. Modelos de países com
inovação tecnológica onde só 10% têm acesso aos equipamentos e medicamentos não
nos interessam ", disse o ministro, ao participar do 6º. Encontro do Grupo
Executivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis).
Padilha
ressaltou que, entre os equipamentos que fazem parte das parcerias firmadas,
estão dois para hemodiálise – filtro dialisador e máquina – que, sozinhos, vão
permitir uma redução de R$ 108 milhões por ano em gastos do SUS. As parcerias
na área de cardiologia incluem a fabricação de marcapassos, eletrodos, stentscoronários e
arteriais, desfibriladores e cateteres.
Dados
do Ministério da Saúde indicam que as doenças cardiovasculares são a principal
causa de morte no Brasil. Somente em 2011, foram notificadas mais de 335 mil
mortes por esse motivo. Entre os produtos que passarão a ser produzidos
nacionalmente também estão a vacina HPV, que garantirá a oferta do produto a
meninas de 11 a 13 anos nas escolas da rede pública, a partir do início do ano
letivo de 2014, e a dTpa (difteria, tétano e coqueluche).
Com
as novas parcerias, chega a 104 o número de acordos feitos pelo Ministério da
Saúde para a fabricação nacional de 97 produtos em saúde, envolvendo 19
laboratórios públicos e 60 privados. Ao todo, os produtos fabricados no Brasil
geram economia de R$ 4,1 bilhões por ano ao governo. Segundo a pasta, os
primeiros itens produzidos por meio dessas parcerias – aparelhos auditivos e
DIU – já estão prontos e começarão a ser distribuídos ao SUS no ano que vem.
O
Ministério da Saúde também informou que a economia decorrente da produção
nacional permitiu ampliar, em três anos, de 118 para 303 o número de produtos,
entre medicamentos equipamentos considerados estratégicos para o SUS, entre
eles vacinas, antirretrovirais e medicamentos oncológicos.
A
lista atualizada dos itens produzidos em território nacional por meio dessas
parcerias, com o rol de produtos considerados estratégicos, será
disponibilizada no site do
Ministério da Saúde.
Fonte: Agência Brasil
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