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BRASIL / MUNDO

Falta de maioria absoluta cria incerteza em eleições britânicas

Partido de David Cameron garantiu 290 cadeiras. Resultados devem levar ao primeiro 'parlamento truncado' desde 1974.

O Partido Conservador foi o mais votado, mas não conseguiu obter maioria absoluta nas eleições legislativas de quinta-feira (6) na Grã-Bretanha, e não pode pretender formar automaticamente um governo, de acordo com os resultados oficiais de 615 das 650 circunscrições. O cenário cria incertezas sobre quem liderará um país com grandes problemas econômicos pela frente e deve levar ao primeiro 'hung parliament' (parlamento truncado) no Reino Unido desde 1974.

Com apenas 35 cadeiras indefinidas, os conservadores de David Cameron já garantiram 290, o que significa que mesmo que eles conquistem todas as vagas ainda em aberto não conseguiriam a maioria absoluta (326) na Câmara dos Comuns, que tem 650 representantes.

Os trabalhistas do primeiro-ministro Gordon Brown já garantiram 247 cadeiras, enquanto os liberal-democratas têm 51. Outros partidos e candidatos independentes somam 21 representantes.

O líder liberal democrata, Nick Clegg, disse nesta sexta-feira (7) acreditar que o Partido Conservador, de oposição, deve tentar formar o próximo governo britânico após a eleição inconclusiva. "Parece, nesta manhã, que é o Partido Conservador que tem mais votos e conquistou mais assentos, embora não tenha conseguido a maioria absoluta. E é por isso que eu acho deve caber agora ao Partido Conservador provar que é capaz de buscar governar no interesse nacional", disse Clegg a jornalistas em Londres.

O líder conservador, David Cameron, disse que o governista Partido Trabalhista "perdeu o mandato para governar". No entanto, o primeiro-ministro Gordon Brown tem o direito, pela Constituição, de tentar formar um governo primeiro, potencialmente abrindo um período de incerteza política. "É meu dever como primeiro-ministro tomar todas as medidas para garantir que a Grã-Bretanha tenha um governo forte, estável e de princípios", disse Brown em comunicado.

Peter Mandelson, ministro trabalhista do primeiro escalão, disse não esperar que Brown renuncie nesta sexta-feira. Ele acrescentou que não está descartando nada. "Acho que não ajudaria se ele (Brown) renunciasse de repente", disse Mandelson.

No poder desde 1997, os trabalhistas devem, no entanto, encontrar dificuldades para formar um governo de coalizão com os liberais democratas, pois a soma dos assentos que ambas as legendas devem conseguir no Parlamento ainda deve ficar aquém da maioria absoluta.

Os conservadores podem buscar acordos com partidos menores de Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales para aumentar seu apoio.

Os resultados definitivos serão divulgados à tarde, mas em uma das circunscrições, Thirsk and Malton, noroeste da Inglaterra, a eleição foi adiada para 27 de maio após a morte de um candidato.

Telebrás ficará operacional em dois meses, diz secretário de tecnologia

Rogério Santanna disse ao G1 que será o novo presidente da estatal. Reativação da estatal dará maior controle das comunicações ao governo, diz.

O secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, um dos idealizadores do Plano Nacional de Banda Larga, disse que a Telebrás, futura gestora ou “espinha dorsal” do plano, ficará operacional em dois meses. Ele confirmou ao G1 que será o presidente da estatal. “Sou eu [o novo presidente]. Recebi o convite e já aceitei”, disse.

Segundo ele, nas próximas semanas será escolhida a equipe da empresa, que deve contar com cerca de 100 funcionários, transferidos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ou escolhidos para cargos de confiança.

Em entrevista ao G1, Santanna disse que a reativação da Telebrás faz parte de uma “estratégia de defesa nacional”. Para o futuro presidente da estatal, o governo brasileiro precisa ter maior controle sobre as comunicações.

“Não é por acaso que o Estado está reativando a empresa. Está reativando para ter mais controle sobre as comunicações. Não tem Estado no mundo que não tem autonomia de comunicação. É ridículo eu pensar que terei aí submarinos nucleares no lago e de outro lado aviões de último tipo que se falam por um satélite comercial sobre o qual eu não tenho qualquer controle ou por trechos de rede que são loteados em Miami”, disse.

Santanna classificou de ingenuidade declarações de que o plano deveria ser executado exclusivamente por empresas privadas, sem a atuação massiva do Estado. “O Estado brasileiro tem que ter total autonomia sobre as comunicações. Essa conversa, eu diria, é de ridículo a ingênuo.” De acordo com o secretário, as empresas de telefonia que argumentam que a Telebrás terá condições privilegiadas de atuação no mercado “querem o próprio monopólio”.

“As companhias de telefonia procuram na regulação se proteger da competição. Elas vivem falando em concorrência e sonham o tempo todo com o próprio monopólio. E agora vão concorrer”, disse. Santanna argumentou que a Telebrás não terá privilégios ou isenções específicas, mas admitiu que o governo terá maior facilidade de contratá-la, porque não serão necessários procedimentos de licitação.

“Ela [Telebrás] é uma S.A., então paga todos os impostos que elas pagam, tem ações em bolsa. Aliás, ela tem mais transparência até do que algumas empresas de capital fechado, que a gente não sabe quanto que elas lucram. Não vai ter nenhuma isenção de imposto que as outras não tenham. O que elas [empresas privadas] estão reclamando é do fato de que, como é uma empresa pública, o Estado pode comprar dela sem licitação e, portanto, vai ter mais rapidez para contratar, e vai contratar essas redes estratégicas com essa empresa”, disse.

Segundo Santanna, o próximo passo para a o plano da banda Larga é negociar com as operadoras de telefonia para que elas participem na implementação do serviço para o consumidor final. Nesta sexta-feira, representantes de empresas privadas se reúnem na Casa Civil para tratar de participação no projeto.

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