Passagem de ônibus sobe para R$ 2,30 a partir desta segunda
Os macaenses que precisam utilizar o sistema rodoviário de transporte da cidade encontrarão uma surpresa nas roletas dos ônibus.
A tarifa do transporte coletivo, que há alguns anos não havia sofrido reajustes, vai subir a partir da meia-noite desta segunda-feira (18). Com o reajuste, o preço da passagem sobe para R$ 2,30, ante R$ 1,90 que será cobrado até este domingo.
Segundo o decreto baixado pelo prefeito Riverton Mussi (PMDB), publicado no Diário Oficial do último sábado, o reajuste é baseado em estudo da planilha tarifária, que apontou expressivos impactos nos custos das empresas concessionárias. Outras justificativas apresentadas foram os reajustes no preços de combustíveis e a reposição salarial de motoristas e cobradores.
De acordo com o decreto, o valor de R$ 2,30 será aplicado a todas aas linhas integradas ao Sistema Rodoviário de Transporte, inclusive as de longa distância, como Terminal Lagomar x Terminal Parque de Tubos e as linhas que dão acesso à Região Serrana.
Este reajuste de R$ 0,40 representa um aumento de 21,05% no valor da passagem. O trabalhador macaense passará agora a desembolsar R$ 4,60 diariamente e R$ 110,40 mensalmente (considerando um mês com 24 dias úteis).
A decisão de aumentar as passagens nos primeiros dias de 2010 acontecem uma semana depois que a Prefeitura anuncia melhorias no transporte público de Macaé. Alvo de constantes reclamações do macaenses, os sistema, implantado em 2007, já passou por diversas modificações, como o fechamento dos Terminais Lagoa e Barra de Macaé.
Na última semana, a Prefeitura anunciou a inclusão de novos veículos que farão parte do sistema, bem como a substituição de alguns coletivos. O reajuste das passagens também é algo que foi combatido com bastante empenho pelo prefeito Riverton Mussi há pelo menos dois anos. Mas este ano, a apenas um dia de uma nova tarifa, pequena parte da população tinha conhecimento que a tarifa iria aumentar.
Macaé pode ganhar mais três termelétricas a gás até 2014
Município já conta com duas usinas em operação contínua: a UTE Norte Fluminense e a Mário Lago
Está em processo de licenciamento a construção de mais três usinas termelétricas a gás em Macaé. Em dezembro, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) emitiu a Licença Prévia, aprovando a concepção e localização das UTE's Vale Azul I, II e III, que deverão ser instaladas na Rodovia do Petróleo (estrada Macaé-Glicério), RJ-168.
De acordo com a assessoria de imprensa do Inea, a Empresa Brasileira de Terraplanagem e Engenharia S/A (EBTE) obteve a Licença Prévia, que autoriza seguir com os estudos para a realização dos empreendimentos que estarão sob responsabilidade da EBTE. A empresa tem até o dia 9 de dezembro de 2011 para cumprir todas as condicionantes da LP, para então requerer a Licença de Instalação.
A LI permitirá o início das obras das termelétricas, que ainda precisam da Licença de Operação para começarem a funcionar, sendo que o Inea não pode precisar um prazo para isso acontecer, já que o início das obras e o funcionamento da termelétrica dependem da empresa cumprir com todas as exigências propostas pelo licenciamento.
No entanto, de acordo com o cronograma da empresa, a previsão é que a implantação esteja concluída até janeiro de 2014, quer seja uma, duas ou as três usinas, que ficarão distantes apenas 7,5 km do bairro Aroeira e próximas a região da Virgem Santa, onde estão instalados os edifícios do Fórum, do Ministério Público, do Hospital Público Municipal, do cemitério Memorial da Igualdade, da futura sede do Poder Legislativo e para onde também estão migrando várias empresas de grande porte. As termelétricas deverão ocupar uma área de 111 mil m², compreendida nos 236 mil m² do Sítio Recanto Alegre, desmembrado da Fazenda Agrivale. Para a geração de energia, as UTE's serão abastecidas pelo gás natural, proveniente de Cabiúnas, sendo transportada pelo Gasduc I e II, que passam próximo ao local proposto para a construção das unidades.
O processo de instalação do empreendimento já passou pela fase da realização de audiência pública, que aconteceu em novembro do ano passado, no bairro Aroeira, reunindo representantes do Inea, da EBTE, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e do Ministério Público Estadual. Na ocasião, representantes da empresa apresentaram o projeto das termelétricas e justificaram a escolha do local em função da maior demanda energética estar na região Sudeste e pela proximidade com Cabiúnas.
As UTE's Vale Azul I, II e III vão operar como produtores independentes de energia (PIE), que serão conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por meio do Sistema de Distribuição da Ampla. De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), a construção das UTE's é um fator de segurança energética do SIN para amenizar a inconstância da oferta hidrelétrica, sendo que a previsão é de que as usinas funcionarão menos de 20% no ano. Ou seja, elas operariam em casos de extrema necessidade, sendo que esta demanda seria apontada pela Ampla, empresa responsável pela distribuição da energia elétrica na região.
Apesar das vantagens relativas do gás natural, quando comparado ao petróleo e ao carvão mineral, por exemplo, seu aproveitamento energético também produz impactos indesejáveis ao meio ambiente, principalmente na geração de energia elétrica. Nesse contexto, o Ministério Público Estadual, através do Grupo de Apoio Técnico Especializado (GAPE), questiona algumas situações do projeto proposto.
Um dos problemas observados pelo MPE é a grande quantidade de água que uma UTE precisa para funcionar, já que a empresa propõe a captação de água de poço, o que pode não suprir a demanda para sua operação. Em termos de poluição atmosférica, destacam-se as emissões de óxidos de nitrogênio (Nox) e Monóxido de Carbono (CO), gases causadores do chamado efeito estufa e contribuintes para a redução da camada de ozônio.
Surge ainda outro questionamento relacionado a oferta do gás natural para abastecer as termelétricas, um problema que o país enfrentou em 2007, quando usinas a gás deixaram de gerar energia por falta de combustível.
Macaé já conta com UTE Norte Fluminense e a Mário Lago
Além disso, Macaé já conta com duas usinas termelétricas a gás: a UTE Norte Fluminense e a Mário Lago. A UTE Norte Fluminense foi concebida em meio à crise de energia dos anos 2000/2001 e faz parte do Programa Prioritário de Termelétricas, criado pelo Governo Federal para garantir a diversidade da matriz energética do país.
A UTE Norte Fluminense tem a capacidade instalada de 780 MW, energia suficiente para abastecer a uma população superior a dois milhões de pessoas. Essa energia é vendida à Light, principal empresa distribuidora do Estado do Rio de Janeiro. Por estar interligada ao sistema nacional de transmissão, a UTE Norte Fluminense aumentou a confiabilidade do sistema elétrico da região norte do estado, bastante problemática face às constantes quedas de tensão e corte no fornecimento. Ao contrário da maioria das unidades térmicas instaladas no país, que somente são acionadas quando há queda sensível no nível dos reservatórios das hidrelétricas, a UTE NF tem geração contínua.
Já a UTE Mário Lago iniciou a geração comercial em dezembro de 2001, atingindo sua plena capacidade de produção (928MW) em agosto de 2002. Em março de 2006, a Petrobras adquiriu a usina, assumindo integralmente a gestão no mês seguinte.
Uma das alternativas de geração de energia elétrica da UTE é usar o excedente de gás rico (sem tratamento) produzido das plataformas da região, eliminando a necessidade de queima do combustível nas tochas de segurança. Como o parque termelétrico da Petrobras contribui para o aumento da confiabilidade do suprimento elétrico nacional, a Companhia investe na flexibilização dos combustíveis das usinas, de modo a atender com ainda mais garantia aos despachos termelétricos demandados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
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