Cadernetas serão sacrificadas
Governo vai mudar regras para impedir que os investidores troquem seus saldos nos fundos pela poupança. Medida punirá os pequenos aplicadores, mas vai garantir mais dinheiro para crédito à pessoa física e às empresas
Rio - A decisão do governo de mexer na fórmula de rendimento das cadernetas vai prejudicar 40 milhões de poupadores em todo o País. A medida, a ser discutida pelo presidente Lula com a equipe econômica, visa impedir que a poupança se torne mais rentável que os fundos de investimento. O governo quer evitar a migração de investidores de uma aplicação para a outra. Isso porque o dinheiro nos saldos das cadernetas deve ser reservado a projetos de habitação, enquanto os recursos em fundos financiam o crédito pessoal, as empresas e o mercado de títulos públicos do próprio governo. O objetivo, enfim, é garantir recursos para o financiamento de toda a economia. A redução brusca da Selic de 12,75% ao ano para 11,25% (e há projeções de queda para 9,25% até o fim do ano), para conter os efeitos da crise financeira, está tornando a poupança tão ou mais rentável que alguns fundos, como os de renda fixa, — com taxas de administração de 1% a 4%. Uma das possibilidades seria reduzir as taxas, mas, na segunda-feira,
PERDAS E GANHOS
Especialistas afirmam que isso é muito difícil de acontecer. A poupança ficará menos rentável. “Para o governo, tornar aplicações de renda fixa mais atraentes é crucial, porque são remuneradas com títulos públicos e, com a queda da Selic, ficará difícil pagar a dívida pública. Além disso, os fundos são tributados, e a poupança, não”, explica José Ronoel Piccin, presidente do Conselho de Administração da Anefac. “Algo precisa ser feito, como em 2007 e 2008, quando a Selic caiu, e o governo alterou a TR (Taxa Referencial)”, lembra. Para ele, financiamentos habitacionais não vão precisar, necessariamente, ser alterados: “Ao contrário, investidores sairão da poupança para fundos que também financiam habitação”.
O presidente da Associação Brasileira de Educação Financeira, Edmilson Lira, diz que poupadores perdem rentabilidade e ganham na economia. “Linhas de crédito para bens duráveis, imóveis, crédito pessoal e consignado ganham com a Selic baixa e captação a custo menor. A indústria cresce, as demissões caem”, explica. “A poupança tem garantia anual de 6% e até R$ 60 mil assegurados”, lembra. Quem tem até R$ 10 mil na poupança, segundo Lira, não deve migrar.
A poupança é a aplicação preferida dos pequenos investidores — trabalhadores da ativa e aposentados —, que nem sempre querem rentabilidade, mas garantia, porque não podem assumir riscos. “Eles são de geração que tem trauma de confisco, desde o governo Collor, e o presidente Lula precisa ter cuidado com esse grupo”, diz Edmilson Lira. A arquiteta Joseane Machado, 47 anos, saiu da poupança para fundos há quatro anos. “Vou consultar minha gerente para ter certeza que não corro risco”, diz, apreensiva com a crise financeira e más lembranças do período Collor. “Antes da crise, vendi ações sem perder. Não posso correr riscos”. Professor de Finanças do Ibmec, Gilberto Braga lembra que a poupança se tornou um forte competidor, atraindo não só o poupador tradicional, mas o grande investidor. “Os fundos de renda fixa são compradores de títulos da dívida pública, vinculados à Selic. Se o governo baixa a Selic, impõe perdas a essa aplicação e elas emparelham com a poupança”, avalia. Ele diz que o impacto no financiamento imobiliário será positivo: “Haverá mais recursos para o setor. Para quem constrói é bom, porque capta a custo menor e com mais oferta nos fundos destinados à construção civil. Para quem compra, as taxas também devem cair”.
QUEM PERDE
Os aplicadores em cadernetas de poupança, com pequenos ou grandes saldos, que passarão a ter rendimentos menores a partir das mudanças já admitidas pelo governo.
QUEM GANHA O governo federal, que terá condições mais favoráveis para pagar os títulos públicos de sua responsabilidade, negociados nos fundos de renda fixa Grandes investidores, que poderão pressionar pela redução da taxa de administração
Tomadores de crédito em geral, porque aumentam suas fontes de financiamento
PROBLEMÃO Se o rendimento da poupança for vinculado à Selic, no futuro, o Banco Central terá problemas, se precisar aumentar a taxa básica para conter a inflação
Aposentados vão receber dinheiro do IR em abril
No Rio, mais de 166 mil segurados têm direito à devolução do Imposto de Renda cobrado indevidamente. São quase R$ 6 milhões
Rio - Mais de 1,2 milhão de aposentados e pensionistas do INSS, em todo o País, vão receber de volta em abril o Imposto de Renda descontado indevidamente em dezembro. O montante destinado à devolução passa de R$ 40 milhões, que serão depositados nas contas dos segurados com os benefícios referentes a março. No Rio, o total de segurados com direito é de 166.257 (13,77%), e o volume, de quase R$ 6 milhões. O valor médio da devolução no País é de R$ 33,48. No Rio, chega a R$ 35,57.
O pagamento da compensação deveria ter sido feito em fevereiro, mas o Ministério da Previdência adiou a prestação de contas. A maior concentração no pagamento será para os que vão receber R$ 14,90 (18,97%). Em segundo lugar, quem vai ganhar R$ 24,80 (16,40%). Em terceiro, serão devolvidos R$ 62,51 (16,21%). O menor valor (R$ 0,06) será depositado nas contas de 1.128 pessoas. A maior quantia individual é de R$ 177, destinada a somente três segurados.
A devolução precisa ser feita porque o dinheiro foi descontado com base na tabela de retenção antiga. Os valores do IR sobre os proventos de dezembro, na prática, foram retidos em janeiro com aplicação das alíquotas válidas só para 2008 (de 15% e 27,5%). À época, já estavam em vigor novas alíquotas e valores de isenção.
Os benefícios de dezembro nessa situação deveriam ter sido descontados segundo as novas alíquotas de IR — 7,5% (de R$ 1.434,60 até R$ 2.150), 15% (R$ 2.150,01 a R$ 2.866,70), 22,5% (R$ 2.866,71 a R$ 3.582) e 27% (acima de R$ 3.582), que não atinge mais os aposentados e pensionistas, agora com teto de R$ 3.218,90.
Hotéis de luxo do Rio inventam paparicos 5 estrelas para hóspedes
Clientes recebem na praia iPod, prancha de surf e máscara de mergulho. 'Cercadinhos' na areia garantem mordomia e segurança.
Na disputa pelos turistas, os hotéis luxuosos da orla carioca inventaram um serviço de paparicos. Para agradar aos hóspedes, surgem áreas exclusivas - o “cercadinho vip” - na praia até oferta de pranchas de surfe, máscaras de mergulho e iPods com músicas selecionadas durante a estadia.
O serviço de mimos 5 estrelas foi adotado durante o verão e, diante do sucesso, algumas redes hoteleiras decidiram mantê-los nas próximas estações.
O Cesar Park, na Praia de Ipanema, implantou a novidade em dezembro e garante que os hóspedes aprovaram o tratamento vip. Quem se hospeda lá, com diárias em torno de R$ 1 mil, tem à disposição na praia pranchas de surfe, iPods com músicas escolhidas por um DJ, máscaras de mergulho, boias e brinquedos para as crianças, além de baralho, jogo de xadrez e jornais nacionais e internacionais. Tudo incluído no valor hospedagem.
Seu pedido é uma ordem
Em busca da satisfação do cliente, alguns hotéis assumem até a função de secretária. Os pedidos podem ser os mais variados possíveis como aulas de yoga na praia, voar de asa delta, passeios de barco ou o acompanhamento de um personal trainer.
“O hotel procura os melhores profissionais para o serviço através de uma confiável lista de contatos”, garante a assessora do Caesar Park, Gabrielle Cunha.
Cercadinhos de luxo
Para quem se contenta em pegar uma boa praia sem estresse, há hotéis que criaram cercadinhos de luxo nas areias.
Quem se hospeda no Hotel Fasano, no Arpoador, pode desfrutar de uma “área vip” na praia, com espreguiçadeiras acolchoadas, barracas e seguranças. O hóspede recebe ainda orientação com dicas e sugestões dos melhores restaurantes da cidade.
No Copacabana Palace além de cadeiras exclusivas do hotel, há protetor solar, frutas e um mordomo à disposição na areia atendendo aos desejos dos turistas.
Os mimos se estendem também aos animais de estimação dos visitantes. O Copa oferece diversos apetrechos de luxo, como shampoo e condicionadores, eles têm direito a um pote exclusivo para suas refeições durante a estadia.
Operação em Santa Teresa termina com suspeito de chefiar tráfico morto
Outras quatro pessoas foram presas e 14 detidos, suspeitas de tráfico. Nos últimos dias, bairro foi alvo de série de assaltos.
Um suspeito de gerenciar o tráfico de drogas no Morro da Fallet, em Santa Teresa, no Centro do Rio, morreu durante uma operação policial realizada nesta terça-feira (17). Cerca de 150 agentes da Polícia Civil participaram da incursão aos morros da Fallet e do Fogueteiro.
A operação, que teve como objetivo prender criminosos que praticaram assaltos a pedestres, veículos e residências na região, conseguiu prender quatro suspeitos de tráfico de drogas e deteve outras 14 pessoas, suspeitas de participar de ações criminosas. As informações são do diretor de Polícia Civil da Capital, Ronaldo Oliveira.
O diretor informou que 15 motos, que seriam roubadas, foram apreendidas durante a operação. Os policiais também apreenderam drogas, uma pistola e alguns carregadores.
Santa Teresa
Nos últimos dias, o bairro de Santa Teresa foi alvo de uma série de assaltos. De acordo com Ronaldo Oliveira, a polícia não descarta a participação de alguns suspeitos detidos nos crimes. Segundo a polícia, haverá outras operações na região para coibir a prática de crimes na região.
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