Frei Chico, no entanto, não figura entre os investigados na operação Sem Desconto, que apura os ilícitos
O irmão do presidente Lula,
José Ferreira da Silva, o Frei
Chico, acionou a Justiça contra publicações nas redes sociais que o
associam ao esquema de descontos ilegais a aposentados.
Ele é vice-presidente do Sindnapi
(Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), uma das entidades
envolvidas nos desvios.
Em nota, ele também criticou o
trabalho da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social), instaurada no Congresso para investigar os crimes e
que, na última quinta-feira (16) rejeitou a sua convocação para depor diante
dos parlamentares.
Segundo ele, a comissão virou
“palco politico” e promove “julgamento antecipado”.
“Não temo investigação, mas o que
ocorre hoje é um julgamento antecipado, antes mesmo de os fatos serem apurados.
É lamentável que parte da CPMI do INSS use esse processo como palco político,
em vez de buscar a verdade”, disse ele.
O Sindinapi é apontado como um
dos autores de descontos associativos cobrados diretamente na folha de
aposentados sem a devida autorização. De 2020 a 2024, as receitas do sindicato
cresceram em mais de 500%, o que chamou a atenção da CGU (Controladoria-Geral
da União) e da Polícia Federal.
Frei Chico, no entanto, não
figura entre os investigados na operação Sem Desconto, que apura os ilícitos.
Ele protocolou ação no Tribunal
de Justiça de São Paulo (TJ-SP) contra o que considera “acusações falsas e
ofensivas” contra si nas redes sociais, e também reforçou a alegação de que não
tem participação em irregularidades.
Entenda
Na semana passada, a CPMI
rejeitou a convocação de José Ferreira da Silva, conhecido como “Frei Chico”.
A decisão foi confirmada por um
placar 19 a 11 e atendeu a pedidos feitos pelo governo.
A possibilidade de depoimento no
colegiado ganhou força após operação da PF (Polícia Federal) na semana passada
que contou com ações no sindicato. A ida dele era defendida por oposicionistas.
Em outra frente, parlamentares
ligados ao governo afirmaram que não há qualquer relação entre o cargo ocupado
por ele e as apurações de desvios ligadas ao INSS.

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