A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29) na Itália, com o apoio da Polícia Federal brasileira e da Interpol. A ordem de prisão definitiva foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 7 de junho, determinando a execução imediata da pena de 10 anos de prisão em regime fechado, além da perda de seu mandato parlamentar.
Zambelli foi condenada pela
Primeira Turma do STF por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), crime cometido com o auxílio de um hacker contratado por ela. As
investigações apontaram que a deputada teria usado sua estrutura parlamentar para
facilitar o ataque cibernético, inserindo documentos falsos no sistema oficial
do Judiciário. A ação foi interpretada como uma tentativa de constranger
ministros do STF.
A deputada havia fugido para a
Itália após ser condenada. O Ministério da Justiça brasileiro já havia
solicitado oficialmente sua extradição, e seu nome estava na lista de foragidos
da Interpol.
O deputado italiano de esquerda
Angelo Bonelli informou, em sua conta no X (antigo Twitter), que ele próprio
forneceu o endereço de Carla Zambelli às autoridades italianas. Em uma
publicação feita nesta segunda-feira (28), Bonelli afirmou ter comunicado o
local onde a deputada estaria e que agentes realizaram a identificação da
brasileira.
“Carla Zambelli está em um
apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia
está identificando Zambelli”, escreveu o parlamentar italiano.
No fim de semana, Zambelli
compartilhou um vídeo nas redes em que se dizia “exilada política” na Itália e
agradecia declarações de Flávio Bolsonaro em sua defesa.
Após anunciar sua saída do
Brasil, a deputada Carla Zambelli teve o julgamento concluído pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), que analisava sua responsabilidade pela invasão dos
sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com a decisão finalizada, foi
declarado o trânsito em julgado do caso, o que impede a apresentação de novos
recursos por parte da parlamentar.
Em decorrência disso, o ministro
Alexandre de Moraes determinou que o governo brasileiro solicitasse
oficialmente a extradição da deputada.
Zambelli afirmou que deixou o
país para tratar questões de saúde e defender a liberdade de expressão. Antes
de se estabelecer na Itália, onde diz possuir cidadania, ela passou pelos
Estados Unidos. A parlamentar acreditava que, por estar em território italiano,
estaria protegida de eventuais sanções da Justiça brasileira.
Gazeta Brasil

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