Observe a pequena distância entre o poço de pedra e a tenda da Guarda Municipal. Fiscalização sobre patrimônio histórico não aconteceu. |
O poço histórico de Rio das Ostras agora é conhecido como o “Poço Lava Pé”. Veranistas, turistas e foliões inconsequentes utilizam o poço, originalmente do século XVIII, localizada na Praça José Pereira Câmara, para lavar os pés ou rosto, tomar banho e até dar ducha no cão.
Segundo conta a historia, o poço foi construído pelos escravos em meados do século XVIII, e era conhecido como o Poço de Pedras do Largo de Nossa Senhora da Conceição, servindo como marco para a construção da cidade de Rio das Ostras. Manuscritos históricos dizem que o poço era utilizado pelos moradores da vila e navegadores que cruzavam a Baía e atracavam no cais do morro do Limão, onde se encontra o Iate Clube, para que a tripulação apanhasse água potável.
Depois das obras de calçamento da orla da Praia do Centro nos anos 90, o conhecido poço foi demolido. Já no ano 2000, o Poço de Pedra foi reconstruído pela Prefeitura e passou a ser ponto de visitação turística. Na época foram colocadas correntes de proteção em volta da mesma, justamente para que ficasse protegida.
Depois das obras de calçamento da orla da Praia do Centro nos anos 90, o conhecido poço foi demolido. Já no ano 2000, o Poço de Pedra foi reconstruído pela Prefeitura e passou a ser ponto de visitação turística. Na época foram colocadas correntes de proteção em volta da mesma, justamente para que ficasse protegida.
Fila para lavar os pés no poço de pedras. |
O deboche de certos turistas que tiravam fotos, mostrando o pé lavado pelo jorro d’água que sai do balde de bronze, demonstravam a falta de respeito. Flagramos estas pessoas à vontade sem serem importunados nem mesmo pela Guarda Municipal, que se encontrava a quase 20 metros de distancia, numa tenda.
Observamos a diferença de dois pontos turísticos atuais de Rio das Ostras. A Praça da Baleia, onde há um trailer da Guarda Municipal, não vimos uma pessoa sequer colocar a mão na água que cerca a famosa Baleia Jubarte. Já na Praça José Pereira Câmara, onde se encontra o famoso Poço de Pedra, que já matou a sede dos navegantes que por ali aportavam, as pessoas não só passam a mão na água, como se lavam e lavam até seus cães.
“As pessoas não têm nenhum respeito pela cidade. Esse poço já foi bem cuidado e limpo, com sua placa metal explicando o que era, lembro que tinha umas correntes cercando suas paredes, os turistas nesse poço tiravam fotos e tínhamos Guardas que tomavam conta do local, da praça mesmo. Agora ninguém mais cuida nada, as pessoas lavam o pé, tomam banho até de sabonete e dão banhos nos cachorros sem serem importunados, isso é vergonhoso”, desabafa um permissionário da prefeitura que não se identificou.
Hoje em dia vemos realmente a falta de responsabilidade e respeito dos nossos governantes de coibir tais atitudes contra o patrimônio público e percebemos a pouca importância dada a esse patrimônio, cuja importância artístico-cultural é incalculável, pois até a placa com os dados históricos do poço foi arrancada.
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Poço é usado para lavar pés, mãos e até cachorros. |
Descobrimos um trecho escrito pela própria prefeitura e que nos chamou a atenção:
“Hoje, Rio das Ostras, apesar de ser uma cidade nova, é reconhecida por todo o Brasil. Primeiramente por seu potencial turístico e cultural; e, acima de tudo, pela visão empreendedora de seus governantes. É sem sombra de dúvida o município que, a cada dia, vem construindo com responsabilidade um futuro melhor”.
Rio das Ostras perdeu seu potencial turístico e cultural há muito tempo. Alertamos há muito tempo não só as atitudes tomadas pelas pessoas com relação ao Poço de Pedra, mas também as crianças, adolescentes e adultos utilizando a praça para a prática do skate, sem que nenhuma medida seja tomada pelos homens que deveriam tomar conta do nosso Patrimônio Público Municipal.
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