Declaração feita pelo presidente norte-americano neste
sábado (29) cita razões de segurança e amplia o isolamento diplomático do
governo de Nicolás Maduro
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou
neste sábado (29) que o espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela deve ser
considerado fechado, em meio a um confronto crescente com o presidente
esquerdista Nicolás
Maduro.
“A todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de
drogas e traficantes de pessoas, por favor, considerem O ESPAÇO AÉREO ACIMA E
AO REDOR DA VENEZUELA COMO FECHADO EM SUA TOTALIDADE”, escreveu Trump em sua
rede Truth Social, sem revelar mais detalhes.
Desde o início de setembro, o governo Trump aumentou a
pressão sobre a Venezuela com uma grande mobilização militar no Caribe, que
inclui o maior porta-aviões do mundo. O presidente americano afirma que
seu objetivo é interromper o tráfico de drogas procedente do país
sul-americano, mas Caracas afirma que Washington busca uma mudança de regime.
Desde o início da mobilização da frota militar, as forças
americanas mataram pelo menos 83 pessoas em mais de 20 ataques contra supostas
‘narcolanchas’, no Caribe e no leste do Pacífico.
Washington não apresentou nenhuma evidência de que as
embarcações atingidas eram utilizadas para transportar drogas ou representavam
uma ameaça aos Estados Unidos.
As tensões regionais aumentaram com a campanha militar.
As autoridades do setor de aviação dos Estados Unidos
afirmaram na semana passada que as aeronaves civis que operam no espaço aéreo
venezuelano deveriam “agir com precaução” devido à “situação de segurança que
piora e à atividade militar intensificada dentro ou ao redor da Venezuela”.
Suspensão de voos
O alerta motivou a suspensão de voos para e a partir da
Venezuela de seis companhias aéreas que representam grande parte do tráfego na
América do Sul.
A medida enfureceu Caracas. O Instituto Nacional de
Aeronáutica Civil (Inac) da Venezuela revogou as licenças de operação no país
de seis companhias: a espanhola Iberia, a portuguesa TAP, a colombiana Avianca,
a filial colombiana da chileno-brasileira Latam, a brasileira GOL e turca
Turkish.
O governo de Maduro acusa as companhias aéreas de adesão “às
ações de terrorismo de Estado promovidas pelo governo dos Estados Unidos” e
suspendeu “unilateralmente suas operações aerocomerciais”.
O jornal New York Times noticiou na
sexta-feira (28) que Trump e Maduro tiveram uma conversa telefônica na semana
passada, durante a qual abordaram uma possível reunião nos Estados Unidos.
A notícia sobre a ligação entre Trump e Maduro foi divulgada
um dia após o presidente americano ter afirmado que os esforços para deter o
tráfico de drogas venezuelano por terra eram iminentes, o que aumentou ainda
mais as tensões com Caracas.
Veja a publicação de Donald Trump:
Com informações
da AFP


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