Número de mortos no incêndio em Hong Kong sobe para 146 | Rio das Ostras Jornal

Número de mortos no incêndio em Hong Kong sobe para 146

Número de mortos no incêndio que devastou um conjunto habitacional em Hong Kong na semana passada subiu para 146. PETER PARKS / AFP

Agentes da Unidade de Identificação de Vítimas de Desastres recuperaram mais corpos enquanto faziam buscas em outros três prédios no Wang Fuk Court

O número de mortos no incêndio que devastou um complexo de arranha-céus residenciais em Hong Kong subiu para 146, informou neste domingo (30) a polícia. “O balanço atualizado de vítimas fatais chega a 146. Não podemos descartar a possibilidade de mais mortos”, declarou o representante da polícia Tsang Shuk-yin em uma entrevista coletiva. O número foi atualizado após a inspeção de mais três torres das oito que compõem o complexo residencial Wang Fuk Court, no distrito de Tai Po.

O complexo, com 1.984 apartamentos e oito torres de 31 andares, inaugurado em 1983, estava em processo de reforma. O incêndio começou na tarde de quarta-feira por causas ainda desconhecidas, aparentemente nas redes que cobriam as obras de reforma do complexo, utilizadas para proteger os moradores da poeira e eventual queda de objetos. As chamas se propagaram rapidamente para as outras torres, favorecidas, segundo as primeiras hipóteses, pelas redes, pelos painéis de espuma e pelos andaimes de bambu utilizados em Hong Kong, em vez dos andaimes de metal. Os bombeiros confirmaram que os alarmes não funcionaram, como apontaram vários moradores.

A polícia encontrou mais corpos nos apartamentos, escadas, corredores e até nos tetos de três edifícios. Das 146 vítimas, 54 ainda não foram identificadas. “Não podemos descartar um número maior de mortos”, declarou Tsang Shuk-yin.

Estudante detido

Este foi o incêndio em um edifício com mais vítimas fatais desde 1980 em todo o mundo, excluindo os ocorridos em casas noturnas, prisões ou centros comerciais, segundo dados da Universidade de Leuven (Bélgica).

Hong Kong observou neste domingo o segundo dia de luto. Assim como no dia anterior, centenas de pessoas formaram uma fila de mais de um quilômetro para depositar flores ou rezar no local preparado para homenagens perto do complexo residencial. Centenas de indonésios e filipinos, muito numerosos no território chinês, organizaram suas próprias homenagens em outros pontos da cidade.

 

Pessoas foram ao conjunto habitacional no distrito de Tai Po, no norte de Hong Kong, para prestar suas homenagens às vítimas do incêndio

O consulado da Indonésia informou que sete cidadãos do país morreram no incêndio. O consulado das Filipinas anunciou que um filipino faleceu na tragédia. Entre as dezenas de feridos, 14 estão em situação crítica, segundo as autoridades médicas.

Na sexta-feira (28), uma comissão governamental anunciou a detenção de oito pessoas por supostos atos de corrupção no mercado de reformas: dois diretores do escritório de estudos para reformas, dois chefes de obra, três pessoas terceirizadas da área de andaimes e um intermediário. No sábado (29), três pessoas, com idades entre 52 e 68 anos, foram detidas como parte da investigação.

A imprensa local também informou no sábado a detenção de Miles Kwan, um estudante de 24 anos que, ao lado de outras pessoas, promoveu uma petição para exigir a responsabilização das autoridades pelo incêndio com maior número de mortos no território desde 1948. A petição online, que havia reunido mais de 10.000 assinaturas em menos de um dia, foi removida. A AFP tentou, sem sucesso, entrar em contato com o estudante.

Com informações da AFP

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