STF avalia mudança de Jair Bolsonaro da PF, enquanto defesa aponta agravamento no estado de saúde do ex-presidente
O STF (Supremo Tribunal
Federal) avalia
transferir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da Superintendência
da Polícia Federal, em Brasília, para o 19º Batalhão da Polícia Militar do
Distrito Federal, a conhecida “Papudinha”. A unidade, que integra o Complexo
Penitenciário da Papuda, surge
no horizonte como possível novo destino do ex-mandatário.
Entre os motivos apontados estão os
transtornos de saúde e as queixas de dores de cabeça causadas pelo barulho
constante de um gerador.
A possibilidade de mudança entrou no
radar após a defesa afirmar que o batalhão ofereceria condições mais adequadas
para o tratamento de saúde de Bolsonaro.
O pedido oficial, porém, ainda não
foi protocolado. Antes disso, o Supremo determinou a realização de uma perícia
médica para verificar o real estado clínico do ex-presidente, uma espécie de
“check-up judicial” que decidirá seus próximos passos.
Na quarta-feira (11), o ministro
Alexandre de Moraes ordenou que a Polícia Federal conclua, em até 15 dias, o
exame pericial que deve confirmar se são necessários os dois procedimentos
cirúrgicos apontados pelos advogados.
Segundo a defesa, Bolsonaro
precisaria permanecer internado por cinco a sete dias para tratar crises
recorrentes de soluços e corrigir uma hérnia inguinal, problemas que o
acompanham como um “fantasma incômodo” desde o atentado de 2018.
Na decisão, Moraes frisou que o
exame de corpo de delito feito no dia da prisão não indicou qualquer condição
médica que exigisse intervenção cirúrgica imediata.
Ele também lembrou que já havia
determinado atendimento médico ininterrupto ao ex-presidente. “Desde aquele
momento, não houve notícia de emergência médica”, reforçou.
No momento, Bolsonaro está detido em
uma cela de 12 metros quadrados na sede da PF, equipada com cama de solteiro,
armários, mesa de apoio, televisão, frigobar, ar-condicionado, janela e
banheiro privativo, uma estrutura simples, mas mais confortável do que as
condições comuns do sistema prisional.
Visita à cela
Na quinta-feira (11), o presidente
da Comissão de Segurança da Câmara, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), visitou a
cela e criticou as condições de custódia. Segundo ele, Bolsonaro permanece em
regime semelhante ao de isolamento.
“O presidente está em solitária, 22
horas por dia dentro de uma sala de 3 por 4 metros. Isso não existe no Brasil.
Ele só pode sair por duas horas diárias”, afirmou.
Aliado de Bolsonaro, Bilynskyj
recebeu autorização do STF para a visita após pedido da comissão.
Além das dores de cabeça, Bolsonaro
atribui o incômodo ao funcionamento de um gerador ao lado da sala de
estado-maior onde cumpre pena.
A queixa já está nas mãos da Polícia
Federal e tem sido relatada pelo ex-presidente a visitantes, advogados e
médicos, um detalhe que ganhou ares de protagonista na rotina carcerária.
Do R7, em
Brasília

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