O deputado federal Glauber Braga ocupa nesta terça-feira (9) a mesa diretora da Câmara dos Deputados. Reprodução/Câmara dos Deputados
Deputado se manifestou contra a votação do PL da dosimetria
e possível cassação de seu mandato
O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ)
foi retirado à força do Plenário da Câmara dos Deputados no início da noite
desta terça-feira (9). O parlamentar ocupou a mesa diretora da Casa Baixa do Congresso
Nacional contra a aprovação do projeto de lei da dosimetria, que pode ser
votado na sessão desta terça, e uma possível cassação
de seu mandato.
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“Eu vou ficar aqui calmamente, com toda a tranquilidade,
exercendo o meu legítimo direito político de não aceitar de fato consumado uma
anistia para um conjunto de golpistas, diminuição da pena de Bolsonaro para
dois anos, manutenção da mesma situação política, mantendo os direitos
políticos de Eduardo Bolsonaro e gerando para mim, que fiz esse enfrentamento,
oito anos de ilegibilidade”, declarou o deputado enquanto ocupava a mesa
diretora.
A Câmara dos Deputados cortou o sinal da TV após a fala de
Glauber Braga e a sessão suspensa temporariamente.
Por volta das 19h30, o presidente da Câmara dos
Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB)
retomou a sessão.
O deputado foi retirado do local por policiais legislativos.
Durante a confusão, Glauber Braga questionou aos agentes se “seria retirado na
porrada”. Ainda afirmou que“sobrou negociação e diálogo e em nenhum momento foi
cogitado a possibilidade de retirada a força daqueles deputados pela polícia”
em referência ao período que parlamentares da oposição
ocuparam a Câmara contra a prisão domiciliar do
ex-presidente Jair
Bolsonaro.
Por meio de seu perfil no X, Motta
criticou a atitude de Glauber Braga no plenário. “O agrupamento
que se diz defensor da democracia, mas agride o funcionamento das instituições,
vive da mesma lógica dos extremistas que tanto critica”, escreveu.
Ele ainda afirmou que pedirá apuração sobre “excessos”
contra jornalistas que foram retirados do plenário durante a confusão. A
imprensa também ficou impedida de entrar no local enquanto a polícia
legislativa tentava remover Glauber Braga da mesa diretora.
Estão na pauta
na sessão do plenário as votações do projeto de lei da dosimetria,
que visa diminuir as penas das pessoas condenadas pelos atos de 8 de Janeiro, e
do texto do devedor contumaz (de
urgência para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad)
Também nesta terça, Motta afirmou que vai pautar na
quarta-feira (10) o pedido de cassação de Glauber Braga. O deputado é acusado
de faltar com decoro parlamentar ao expulsar da Câmara, com empurrões e chutes,
Gabriel Costenaro, integrante do MBL (Movimento Brasil Livre), em abril de
2024.
Após a confusão no plenário, o parlamentar falou
com jornalistas sobre a análise de cassação do seu mandato. “Do que
me acusam: de ter defendido a honra da minha mãe, de ter denunciado o orçamento
secreto, de ter batido de frente com o todo-poderoso Arthur lira. Desculpe-me,
mas isso, não é motivo para cassação”, afirmou.
Motta disse que também daria andamento nos próximos dias aos
casos dos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Alexandre Ramagem (PL-RJ)
e Carla Zambelli (PL-SP)
JP

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