Espécie Brachycephalus bufonoides, rara na natureza foi
flagrada na RPPN Rio Bonito de Lumiar; registro reforça bom estado de
conservação da área, que também se destaca por emitir Cotas de Reserva
Ambiental.
Um anfíbio raro da Mata Atlântica foi registrado na Reserva
Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Rio Bonito de Lumiar, em Nova Friburgo, na Região Serrana do
Rio. O flagra foi feito no domingo (16) pelo pesquisador botânico do Instituto
Marianeira, Rodrigo Freitas, durante uma visita à reserva a convite do Projeto
Aventura Animal.
O pesquisador caminhava por uma trilha quando encontrou um
exemplar de Brachycephalus bufonoides, um dos sapinhos mais difíceis de serem
observados na natureza. A espécie é exclusiva da região serrana do estado, tem
menos de 2 cm e só vive em ambientes altamente preservados.
O Brachycephalus bufonoides foi descrito no início do século
20 e, por décadas, só havia um registro conhecido, feito em 1909. A espécie só
voltou a ser documentada em 2015, na Serra de Macaé, também em Nova Friburgo.
Sua validade científica foi restabelecida nos anos 2000, o que torna cada novo
registro ainda mais importante.
“Foi uma grata
surpresa encontrar esse sapinho dentro da RPPN. Além de ser um novo ponto de
ocorrência, ele indica que o ambiente está em ótimo estado de conservação”,
afirmou Rodrigo Freitas.
Durante o percurso, o pesquisador também registrou outras
espécies bioindicadoras, como a rã Gastrotheca albolineata, moluscos de
importância ecológica e plantas típicas da Mata Atlântica, como bromélias,
orquídeas e espécies das famílias Gesneriaceae e Begoniaceae.
Reserva se destaca em programa nacional
A RPPN Rio Bonito de Lumiar também ganhou destaque nacional
ao se tornar uma das primeiras áreas privadas do país a emitir Cotas de Reserva
Ambiental (CRA), instrumento criado pelo governo federal para valorizar e
financiar a conservação da vegetação nativa.
As CRAs funcionam como títulos que representam hectares
preservados dentro de reservas particulares. Elas podem ser usadas por
proprietários rurais para compensar áreas de reserva legal e também permitem
remuneração por serviços ambientais, tornando a preservação uma atividade
economicamente sustentável.
Por g1 —
Nova Friburgo

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