Dados inéditos Censo de 2022 mostraram ainda que 243 mil pessoas no Estado precisaram ir para outro município estudar, principalmente no nível superior. Proporcionalmente, Aperibé, Areal e Cambuci registram, no Estado, as maiores taxas de deslocamento para estudo
Parte dos trabalhadores do Rio
tem gastado bastante tempo para chegar ao trabalho. Entre os 20 municípios
brasileiros com mais de 100 mil habitantes onde as pessoas gastam mais de duas
horas no deslocamento, 11 são do Rio de Janeiro, sete são de São Paulo e dois
são do Pará. O Estado tem entre as unidades da federação o maior percentual de
trabalhadores nesta condição 4,58% contra 1,77% no País. O panorama foi
revelado nesta quinta-feira (09), por meio da publicação dos resultados
preliminares da amostra do Censo 2022: Deslocamento para Trabalho e para
Estudo. A mesma publicação revela que 243 mil pessoas no Estado saíram de suas
cidades para estudar em outro município. Proporcionalmente, Aperibé com 28,96%
tem o maior percentual de pessoas que precisam fazer este trajeto na busca por
estudo.
De acordo com o levantamento, dos
municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, as cidades de Queimados,
Nova Iguaçu e Belford Roxo são as que possuem o maior percentual de
trabalhadores que demoram mais de duas horas para chegar no trabalho (12,5%, 11,8%
e 10,8%, respectivamente). Além dos três primeiros colocados, aparecem entre os
20 primeiros as cidades de Magé (5ª posição), Duque de Caxias (6ª), Mesquita
(10ª), Nilópolis (13ª), Itaboraí (14ª), São Gonçalo (16ª), Maricá (17ª) e São
João de Meriti (18ª). Por outro lado, levando em conta somente as cidades do
Estado, Petrópolis (0,9%), Teresópolis (1%), Angra dos Reis (1,1%) e Resende
(1,3%) são as localidades, com mais de 100 mil habitantes, com os menores
percentuais de trabalhadores que levam mais de duas horas para o trabalho.
TEMPO MÉDIO E MEIO DE
TRANSPORTE
Na análise estadual, a pesquisa
mostrou que 5,7 milhões de pessoas trabalham no mesmo município de residência,
sendo 4,6 milhões fora do domicílio e o restante em casa ou na propriedade.
Desse total, 3,1 milhões são homens e 2,6 milhões mulheres. Dos que trabalham
fora do domicílio, 47,51%, levam de cinco minutos a meia hora para percorrer a
distância entre os dois locais. Em seguida estão os trabalhadores que levam de
30 minutos a uma hora que somam 27,22%; 19,31% de uma a duas horas, 4,23% de
duas até quatro horas e 0,35% mais de quatro.
No Rio de Janeiro, a maior
parte do deslocamento para trabalho é feita por ônibus (34,81%). Em seguida, o
automóvel com 23,93% e a pé com 15,21%. O ônibus aparece como principal meio de
chegar ao trabalho, ou seja, com maior índice para os moradores em cidades como
São Gonçalo, Belford Roxo, São João de Meriti e Itaboraí. Já o automóvel nas
cidades de Miguel Pereira e São Pedro da Aldeia. A motocicleta em São José do
Ubá, Cambuci, Aperibé e Itaocara. As pessoas vão mais a pé para o trabalho nos
municípios de Carmo, Duas Barras, Trajano de Moraes e Laje do Muriaé.
O deslocamento realizado para
trabalhar em outro município totalizou 823 mil pessoas (12,08%), sendo desse
contingente 728 mil retornam do trabalho para casa 3 dias ou mais na semana,
demonstrando um significativo fluxo pendular entre os municípios brasileiros.
Proporcionalmente, Mesquita (39,55%), Japeri (36,55%) e Queimados (34,35%) as
cidades em que as pessoas precisam trabalham fora da cidade e retornam para
casa em três dias ou mais na semana.
DESLOCAMENTO PARA ESTUDAR
No Rio de Janeiro, quase 243 mil
estudantes se deslocam para outro município para estudar, a maior parte 44,6%
em busca de nível superior, seguido do nível fundamental com 20,7%. Entre eles,
são 109 mil homens e 134 mil mulheres. No recorte por raça, maior parte são
brancos com 115 mil, logo depois vem pardos com 92 mil e pretos com 35.504. A
maior parte possui renda mensal domiciliar per capita entre um e dois salários
mínimos.
Proporcionalmente, o município de
Aperibé com 28,96% tem o maior percentual de pessoas que precisam sair do
município para estudar. Em seguida, aparecem as cidades de Areal (24,43%),
Cambuci (23,99%), Porto Real (23,44%), Mendes (21,75%), Quatis (21,47%) e
Sapucaia (20,62%). Já as menores taxas de deslocamentos são Campos dos
Goytacazes, (1,77%), Rio de Janeiro (2,19%), Petrópolis (2,74%) e Itaperuna
(2,90%).
PESQUISA
O Censo 2022: Deslocamento para
Trabalho e para Estudo apresenta as características do deslocamento para
trabalho e para estudo da população brasileira, complementando os volumes de
divulgação do questionário da amostra do Censo Demográfico 2022 e trazendo um
panorama inicial das características da mobilidade das pessoas que precisam se
locomover para fora de seus domicílios para exercer a sua profissão ou estudar.
Os resultados contemplam os recortes Brasil, Grandes Regiões, Unidades da
Federação, Concentrações Urbanas, Regiões Geográficas Intermediárias, Regiões
geográficas Imediatas e Municípios, e estão desagregados segundo a cor ou raça,
o sexo, a renda e o grau de escolaridade.

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