Ação do MPRJ, Inea, Ibama e Dpma
apreendeu os animais em condições insalubres; responsável foi detida.
O Instituto Larissa Saruê, que
abriga animais silvestres em Armação
dos Búzios, Região dos Lagos do Rio, foi alvo de uma operação conjunta
nesta terça-feira (21) após denúncias de maus-tratos. Durante a ação, 93
animais foram apreendidos em condições insalubres e a responsável pelo local
foi detida.
A operação foi realizada pelo
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª
Promotoria de Justiça de Armação dos Búzios, com apoio da Coordenadoria de
Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da
Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (Dpma) e de fiscais do Ibama.
No local, foram encontrados
animais mortos e outros em situação de maus-tratos. Os sobreviventes foram
encaminhados a instituições de acolhimento especializadas.
Segundo o MPRJ, o Instituto
realizava ações de recolhimento e soltura de animais silvestres sem as licenças
legais exigidas e sem os manejos adequados.
As denúncias também apontam que
os animais eram levados para exposições em palestras e salas de aula, possivelmente
em condições inadequadas. A Promotoria encaminhou uma petição à 2ª Vara de
Búzios relatando os fatos.
Ao g1, a responsável pelo Instituto Larissa Saruê disse que
possui autorização para realizar o trabalho, e que tudo será esclarecido.
"Sim, eu tenho autorização
judicial para fazer esse trabalho. Como você vê no Instagram, estou aí junto
com a polícia, com a guarda ambiental. Nós fomos no Cetas, administrado pelo
Inea, para resgatar animais que eles pegaram indevidamente. Isso é uma
retaliação. E tudo vai ser esclarecido. Eu tenho toda a documentação judicial.
Infelizmente, o sistema é assim: a gente faz um trabalho de saúde pública,
junto com a Vigilância Sanitária, tudo está público ali, e, o Inea, qual o trabalho
que ele faz aqui na nossa cidade? De Búzios os animais são retirados, e você
vai ver as solturas? Não vai ver. Então, o nosso trabalho, às vezes,
incomoda!" disse Cristiane Monteiro.
Em agosto de 2024, o Inea já
havia feito uma vistoria no local e identificado cativeiro irregular, falta de
iluminação, ausência de alimentação e água, além de condições insalubres. Na
ocasião, foram encontradas aves ameaçadas de extinção, como papagaios-chauás,
além de exemplares mortos.
As atividades do Instituto foram
suspensas até que medidas sejam adotadas para garantir a integridade física dos
animais. O caso segue sob investigação.
Animais resgatados
- 65 Gambás (entre eles cinco com problemas físicos)
- 1 Sabiá,
- 2 corujas do mato,
- 3 ouriços-cacheiros,
- 1 jiboia filhote,
- 9 jabutis,
- 2 cagados tigres-d'água,
- 1 gavião-carrapateiro (sem uma asa),
- 3 papagaios chauá (ameaçados de extinção),
- 2 Sagui,
- 1 Ring neck,
- 1 iguana,
- 1 cobra corn snake,
- 1 coruja Murucututu de barriga amarela
Por Matheus Augusto, Loara Ramos, g1 — Armação dos Búzios

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