A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, criticou neste sábado (12) os novos impostos anunciados pelo presidente americano Donald Trump, mas reafirmou que a União Europeia (UE) continuará buscando um acordo comercial com Washington.
“Impor tarifas de 30% às
exportações da UE interromperia as cadeias de suprimentos transatlânticas
essenciais, em detrimento de empresas, consumidores e pacientes de ambos os
lados do Atlântico”, declarou Von der Leyen. Ela ressaltou a disposição da UE em
negociar: “Continuamos dispostos a seguir trabalhando para alcançar um acordo
antes de 1º de agosto. Ao mesmo tempo, tomaremos todas as medidas necessárias
para salvaguardar os interesses da UE, incluindo a adoção de contramedidas
proporcionais se for necessário”.
Novas tarifas americanas e
justificativas de Trump
Trump anunciou neste sábado a
imposição de tarifas de 30% a produtos provenientes do México e da União
Europeia. A medida entrará em vigor em 1º de agosto, conforme comunicou o
presidente em duas cartas publicadas em sua plataforma Truth Social.
Em suas mensagens, Trump
justificou os impostos ao México por seu papel na entrada de drogas ilegais em
território americano e citou a “crise do fentanil”, à qual se referiu como
“causada em parte pelo fracasso do México em parar os cartéis, integrados pelas
pessoas mais desprezíveis que jamais tenham posto um pé na Terra”.
“México me ajudou a manter segura a fronteira,
MAS, o que fez o México não é suficiente. México ainda não parou os cartéis que
querem converter toda a América do Norte em um pátio do narcotráfico.
Evidentemente, não posso deixar que isso passe”, disse Trump.
Reações de países europeus
O governo da Itália, por sua vez,
defendeu a continuidade das negociações para um acordo comercial com os Estados
Unidos. “O Governo italiano segue com grande atenção o desenvolvimento das
negociações em curso entre a UE e os Estados Unidos, apoiando plenamente os
esforços da Comissão Europeia que serão intensificados nos próximos dias”,
assegurou em comunicado. O Executivo italiano, presidido por Giorgia Meloni,
expressou “confiança na boa vontade de todas as partes para chegar a um acordo
equitativo que reforce o Ocidente em sua totalidade”. O comunicado sublinha que
“no contexto atual não teria nenhum sentido desencadear um choque comercial
entre as duas margens do Atlântico” e que “agora é fundamental permanecer
concentrados na negociação, evitando as polarizações que complicariam o logro
de um acordo”.
O primeiro-ministro em exercício
dos Países Baixos, Dick Schoof, também ofereceu “pleno” apoio de seu governo à
Comissão Europeia para buscar um acordo “mutuamente benéfico” com os EUA. “A
Comissão Europeia pode contar com nosso pleno apoio”, afirmou Schoof em suas
redes sociais, reiterando que “o anúncio americano de impor tarifas de 30% às
mercadorias importadas da União Europeia é preocupante e não é o caminho a
seguir”. O líder neerlandês apelou ainda à unidade no bloco europeu: “Como UE,
devemos nos manter unidos e determinados a buscar um acordo com os Estados
Unidos que seja mutuamente benéfico”.
Com informações da AFP e EFE

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