Armamento é o único que se tem
conhecimento com capacidade para destruir instalações nucleares fortemente
protegidas, como as do complexo subterrâneo iraniano de Fordow
Bombardeiros furtivos B-2 da
Força Aérea dos Estados Unidos decolaram neste sábado (21) da Base Aérea de
Whiteman, no Missouri, e cruzaram o espaço aéreo do Pacífico em meio à escalada
de tensão no Oriente Médio. A movimentação ocorre enquanto o presidente Donald
Trump avalia se unirá a Israel em ataques contra o programa nuclear iraniano.
Aos menos dois bombardeiros foram rastreados após a decolagem,
acompanhados por oito aviões de reabastecimento KC-135.
Fontes militares indicam que os
aviões podem ter como destino as bases americanas em Guam, no Pacífico, ou
Diego Garcia, no Oceano Índico — esta última considerada ideal para possíveis
ataques ao Irã por estar fora do alcance dos mísseis balísticos iranianos.
O B-2 Spirit é a única aeronave
dos EUA capaz de lançar a bomba antibunker GBU-57, de 13,6 toneladas, capaz de
penetrar até 61 metros no subsolo antes de explodir. Trata-se do único armamento
conhecido com capacidade para destruir instalações nucleares fortemente
protegidas, como as do complexo subterrâneo iraniano de Fordow. Cada
bombardeiro pode carregar até duas dessas bombas.
Israel, que iniciou ataques
contra alvos iranianos há cerca de uma semana, não possui armamento
equivalente. O objetivo declarado do governo israelense é eliminar por completo
a capacidade nuclear do Irã e enfraquecer sua estrutura militar. Em resposta, Teerã
tem disparado mísseis e drones, e grupos aliados como os houthis do Iêmen
ameaçam retomar ataques a navios americanos caso os EUA avancem com
bombardeios.
A Casa Branca não comentou
oficialmente o movimento dos bombardeiros, mas Trump planeja retornar a
Washington ainda neste sábado para uma reunião de segurança nacional. Na
quinta-feira (19), o presidente afirmou que tomaria uma decisão sobre o
envolvimento militar no prazo de duas semanas. Um reforço das forças americanas
na região já está em andamento, com a previsão de que três grupos de
porta-aviões estejam posicionados em breve.
A movimentação dos B-2 aumenta a
pressão diplomática sobre o Irã, que já havia retomado negociações nucleares
após ações militares anteriores dos EUA na região. No entanto, com o avanço da
crise e o risco de um novo conflito, Teerã monitora de perto os sinais vindos
de Washington.
JP

0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!