O marido de Zambelli, Coronel Aginaldo, que era secretário de Segurança Pública em Caucaia (CE), pediu licença do cargo para acompanhar a mulher. Lula Marques/ Agência Brasil
Além da prisão, ministro do STF
também determinou o bloqueio de transferências bancárias, veículos e perfis nas
redes sociais; ontem a deputada anunciou que está fora do Brasil
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP)
diz que a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes,
do Supremo Tribunal Federal (STF),
nesta quarta-feira (4), é “ilegal, inconstitucional e autoritária” e a decisão
foi um “ataque à minha família”. “Nossa Constituição é clara: um deputado federal
só pode ser preso em flagrante e por crime inafiançável. Nada disso ocorreu.
Ainda assim, um único ministro decidiu, de forma monocrática, rasgar o devido
processo legal, ignorar a imunidade parlamentar e violentar a democracia”,
afirma Zambelli, em nota.
Além da prisão, Moraes também
determinou o bloqueio de transferências, inclusive via Pix, de veículos e de
canais e perfis nas redes sociais. Entre eles, a conta que Zambelli transferiu
para a mãe, Rita Zambelli, pré-candidata a deputada federal em 2026, e o perfil
do filho da deputada, João Zambelli, de 17 anos, a quem a parlamentar já
manifestou o desejo de que ele se candidate a vereador de São Paulo em 2028.
“Ao fazer isso, atinge não apenas a cidadã, mas também a filha. Esses títulos –
de mãe, de filha e de deputada – me foram dados por Deus e pelo povo”, diz
Zambelli.
A deputada anunciou na
terça-feira (3) que está fora do Brasil e que pretende pedir licença do mandato
para viver na Europa e denunciar o STF a lideranças da direita internacional.
Antes de viajar, além de determinar a transferência do perfil dela nas redes,
Zambelli também emancipou o filho de 17 anos para que ele possa se candidatar
nas eleições do ano que vem e herdar o seu espólio eleitoral.
Carla Zambelli foi condenada pela
Primeira Turma do STF a dez anos de prisão, em regime inicial fechado, e à
perda do mandato pela invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ). A pena só não começou a ser cumprida porque há recursos
pendentes. A deputada também responde a um processo criminal no STF por perseguir
um homem com uma pistola na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
O marido de Zambelli, Coronel
Aginaldo, que era secretário de Segurança Pública em Caucaia (CE), pediu
licença do cargo para acompanhar a mulher. Segundo a prefeitura, o marido da
parlamentar está afastado do cargo desde o dia 21 de maio “por motivo de doença
em pessoa da família”. O retorno está previsto para o dia 1.º de julho.
JP

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