Macaé vende composições do VLT por R$ 4 milhões ao estado do Ceará

Após o leilão nº 001/2025 realizado em 19 de fevereiro e homologação da licitação, as duas composições foram arrematadas pela Secretaria de Infraestrutura do Estado do Ceará. Foto: Divulgação

Após anos de tentativas frustradas de viabilizar a operação do Veículo Leve sobre Trilho (VLT), a Prefeitura de Macaé concluiu a venda das duas composições ferroviárias por R$ 4 milhões à Secretaria de Infraestrutura do Estado do Ceará. O leilão, realizado em 19 de fevereiro de 2025, foi homologado recentemente, e a responsabilidade pelo transporte das composições será do estado nordestino.

A decisão foi tomada após estudos técnicos encomendados pela atual gestão municipal, que apontaram a inviabilidade técnica e econômica de implantação do modal ferroviário na cidade. De acordo com o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Jayme Muniz, a reforma da infraestrutura demandaria um investimento de aproximadamente R$ 150 a R$ 200 milhões, o que resultaria em tarifas elevadas para os usuários, em torno de R$ 26 por passagem.

“Vale salientar que no início da atual gestão tentamos viabilizar a operação de um modal ferroviário na cidade. Mas, infelizmente, depois de levantamentos técnicos e empresas contratadas para isso, a gente viu que seria inviável”, explicou Muniz.

Desde 2021, a Prefeitura realizou manutenções periódicas nas composições para evitar a completa deterioração dos veículos. Atendendo também a recomendações do Ministério Público, a gestão tentou vender os equipamentos a outros estados, mas os primeiros leilões foram considerados desertos, ou seja, sem interessados. Somente neste ano, a venda foi concretizada.

“Chegamos ao final dessa etapa e este recurso arrecadado será destinado a outras ações no município. Lembrando que a Mobilidade Urbana vai continuar avançando nas ações de trânsito e transporte para melhoria da qualidade de vida da nossa população”, concluiu o secretário.

A venda representa o encerramento de um capítulo marcado por expectativas e frustrações em relação à implantação do VLT em Macaé, mas abre espaço para investimentos em soluções mais viáveis para a mobilidade urbana da cidade.

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