‘Decisão será tomada com base em pesquisas e
no cenário do ano que vem’, disse o governador do Rio em conversa com
jornalistas durante evento em São Paulo
O governador do Rio de
Janeiro, Cláudio
Castro (PL), afirmou que tomará decisão sobre a renúncia do cargo
entre fevereiro e março do ano que vem para poder disputar uma cadeira no
Senado, que segundo ele é uma “possibilidade real”. “A decisão será tomada com
base em pesquisas e no cenário do ano que vem. Obviamente, não vou abandonar a
gestão se não estivermos bem posicionados”, disse em conversa com jornalistas
durante o seminário Rio Summit do Grupo Lide em São Paulo, nesta segunda-feira
(26). Com a indicação de seu vice-governador, Thiago Pampola (MDB), – com quem
já teve rusgas públicas no passado – ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), o
Executivo fluminense passaria a ser comandado pelo presidente da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), aliado
do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL).
Durante a coletiva, o governador
disse que os motivos para indicação foram sobre a necessidade de um “político”
no tribunal. “Thiago já estava no meu radar há algum tempo. Foi deputado
estadual por três mandatos, secretário de Estado três vezes, vice-governador.
Diferente de outros estados, onde se indicou esposa, filho, familiares, nós
indicamos alguém com trajetória política, com experiência de gestão”, continuou
Castro. “A Constituição define a composição dos Tribunais de Contas: quatro
indicados pelo Parlamento, três pelo Executivo, sendo dois deles técnicos – um
da Procuradoria e outro do corpo de auditores. O TCE-RJ é o único do país com
cinco técnicos e apenas um político Está desbalanceado.”
O governador fluminense também
afirmou que colocar “alguém com vivência na gestão” ajuda a evitar que o
tribunal se torne uma “corte punitivista”. Ele utilizou o exemplo de um gestor
que necessita comprar remédios em caráter emergencial, porque a licitação é
deserta. Mas, na “letra fria” do processo, o conselheiro técnico supostamente
multaria o gestor, mesmo que a atitude tenha sido correta.
Nesse sentido, o bolsonarismo no
Rio caminha para apoiar Bacellar ao governo estadual. Ao assumir o cargo o
presidente da Alerj já contaria com um palanque e máquina pública para
enfrentar suposta candidatura de oposição do prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD).
JP

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