O vereador ainda criticou o apoio da Anistia Internacional e o Comitê de Direitos Humanos da ONU por julgarem que o presidente teve seus direitos políticos violados. Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Em declaração no X, vereador
comparou a viagem do irmão às ações internacionais promovidas por políticos de
esquerda durante o período em que o presidente esteve preso
O vereador Carlos
Bolsonaro (PL-RJ) rebateu as acusações de que seu irmão, Eduardo
Bolsonaro (PL-SP), estaria atentando contra a soberania nacional
ao realizar uma campanha nos Estados Unidos em defesa do pai, Jair
Bolsonaro. Em declaração neste domingo (25), Carlos comparou a viagem
do irmão às ações internacionais promovidas por políticos de esquerda durante o
período em que o presidente Lula (PT) esteve preso. Em texto publicado em
seu perfil no X (antigo Twitter), o vereador Carlos afirmou que a campanha de
seu irmão nos Estados Unidos em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro –
acusado de tentativa de golpe de Estado e ataques à democracia – não é inédita.
Segundo ele, ações semelhantes
foram promovidas no exterior por políticos como Dilma Rousseff, Gleisi Hoffmann
e Fernando Haddad durante o período em que Luís Inácio Lula da Silva esteve
preso pela operação Lava Jato. O vereador ainda criticou o apoio da Anistia
Internacional e o Comitê de Direitos Humanos da ONU por julgarem que o
presidente teve seus direitos políticos violados: “Os anjinhos de sempre”,
disse Carlos. “Bem, todos sabemos que não vivemos numa democracia e o que vale
é o que o sistema quer, pois caso contrário vento que venta cá ventaria lá, mas
todos de bom senso conhecem a zona proposital e como funciona isso aqui”,
afirmou.
Seu irmão, Eduardo Bolsonaro,
pode ser investigado por atuar nos Estados Unidos contra as autoridades
brasileiras. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes
analisa pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para abrir um
inquérito. A PGR atribui ao deputado uma campanha de intimidação e perseguição
contra integrantes do Supremo, da Procuradoria e da Polícia Federal envolvidos
em investigações e processos contra bolsonaristas. Eduardo Bolsonaro se
licenciou do mandato na Câmara e está nos Estados Unidos desde fevereiro. O
deputado justificou que decidiu permanecer no país para “focar em buscar as
justas punições que Alexandre Moraes e a sua Gestapo da Polícia Federal
merecem”.
Desde que deixou o Brasil,
Eduardo mantém agendas com congressistas republicanos e auxiliares do
presidente Donald Trump para tentar emplacar medidas que pressionem o STF no
julgamento da trama golpista. Em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal, o
procurador-geral Paulo Gonet afirma que o deputado deve ser investigado por
tentar obstruir a ação penal do golpe, em que o Jair Bolsonaro é réu, e o
inquérito das fake news.
JP

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