Polícia descobriu um depósito na periferia do Rio de Janeiro, onde foram encontradas toneladas de cabos de cobre roubados. Divulgação/Polícia Civil do RJ
Segunda fase da Operação Caminhos
do Cobre foi realizada nesta quinta-feira (24); Justiça bloqueou R$ 200 milhões
em bens do grupo criminoso interestadual
A Polícia Civil do
Rio de Janeiro deu início à segunda fase da Operação Caminhos do Cobre, com o
objetivo de desmantelar uma quadrilha interestadual especializada no furto de
cabos subterrâneos de concessionárias. A ação, realizada na manhã desta
quinta-feira (24), resultou na prisão de sete pessoas e no cumprimento de 46
mandados de busca e apreensão nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. A
quadrilha tinha como alvo cabos
de cobre de concessionárias de telefonia fixa, TV a cabo e
energia, causando prejuízos significativos às empresas afetadas.
Durante a operação, a polícia
descobriu um depósito na periferia do Rio de Janeiro,
onde foram encontradas toneladas de cabos de cobre roubados. Alguns desses
cabos ainda possuíam lacres das operadoras de serviços públicos, evidenciando a
origem ilícita do material. A magnitude do crime levou a Justiça do Rio de
Janeiro a bloquear R$ 200 milhões em bens da quadrilha. Para evitar a detecção,
os criminosos fracionavam o dinheiro obtido com a venda dos cabos no mercado
paralelo, movimentando-o por meio de contas bancárias, além de adquirir imóveis
e carros de luxo.
Segundo as investigações, a
organização criminosa é altamente estruturada e operava em larga escala,
subtraindo cabos durante a madrugada com o auxílio de batedores armados, muitos
deles ligados ao tráfico
de drogas. O grupo utilizava caminhões para puxar os cabos, causando
danos estruturais às estações subterrâneas. Contratos fictícios também eram
utilizados para despistar as autoridades. O material roubado era transportado
para galpões localizados em áreas dominadas por facções criminosas, como o
Morro do Fallet, o Complexo do Salgueiro e a Baixada Fluminense. Nesses locais,
os cabos eram queimados e fracionados para ocultar sua origem antes de serem
revendidos a ferros-velhos e metalúrgicas, principalmente em São Paulo.
A quadrilha também atuava em
esquemas de lavagem
de dinheiro por meio de empresas reais e fictícias. Parte dos
lucros era movimentada com contratos simulados, emissão de notas fiscais
falsas, aquisição de veículos de luxo e anúncios de clientes inexistentes. A
Justiça do Rio de Janeiro determinou o bloqueio de até R$ 200 milhões em contas
bancárias, bens e imóveis dos investigados.
De acordo com a polícia, o líder
do grupo, preso no Paraná, também exercia a função de contador de uma facção
criminosa do Rio de Janeiro, sendo responsável por controlar o fluxo financeiro
e os repasses do tráfico. Após sua prisão, sua companheira assumiu a liderança
da organização. Desde a primeira fase da operação, iniciada em 2022, 40 pessoas
ligadas ao esquema já foram presas.
JP
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