A Justiça de Minas Gerais concedeu uma medida protetiva à prefeita de Ituiutaba, Leandra Guedes, contra o deputado federal André Janones (Avante-MG). A decisão, tomada em 25 de dezembro de 2024, se baseou na Lei Maria da Penha e reconheceu a possibilidade de violência psicológica e social por parte do parlamentar. Segundo o portal UOL, a medida estabelece restrições rigorosas para Janones, que agora está proibido de se aproximar de Leandra e de seus familiares, além de não poder divulgar qualquer material íntimo relacionado à prefeita.
A acusação contra Janones envolve
a divulgação não autorizada de uma foto íntima de Leandra, a qual foi enviada a
um secretário municipal, como forma de pressioná-la a demitir uma pessoa de sua
confiança. Os advogados de Leandra registraram a denúncia em cartório, e o
conteúdo da foto foi mantido sob segredo de Justiça. O parlamentar não se
pronunciou sobre o caso, e sua assessoria de imprensa não retornou aos
contatos.
Ainda conforme o veículo, a
relação entre os dois, que foi marcada por uma união estável entre 2014 e 2018,
teve vários episódios de desentendimentos, e Leandra descreveu ameaças feitas
por Janones ao longo do tempo, principalmente após o início de um novo
relacionamento. O conflito se intensificou em dezembro de 2024, quando Janones
exigiu que a prefeita demitisse a procuradora-geral do município, Anna Neves,
aliada de Leandra. A prefeita se recusou, e o deputado ameaçou expor fotos
íntimas de Leandra caso sua exigência não fosse atendida.
Leandra também protocolou, no
final de dezembro, uma queixa formal contra o parlamentar, que foi notificada
da medida protetiva via WhatsApp, conforme o procedimento jurídico reconhecido
pelo Judiciário brasileiro. A prefeita alegou que o caso se enquadra na
definição de violência doméstica, prevista pela Lei Maria da Penha, e que a
situação causou não só sofrimento psicológico, mas também danos morais à sua
imagem.
Além disso, a irmã de Janones,
Carla Janones, foi exonerada de seu cargo na prefeitura de Ituiutaba após o
episódio, e a procuradora Anna Neves também se absteve de comentar o caso, que
segue em segredo de Justiça. O caso gerou repercussão, com a defesa de Leandra
alegando que a medida protetiva era necessária para garantir sua segurança e
preservar sua dignidade frente aos atos de violência praticados por Janones.
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