O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta quinta-feira (17) que um acordo foi firmado para o fim da greve de fome iniciada pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que durava mais de uma semana. O acordo foi selado também com a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), esposa de Glauber, e com o líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ).
“Em diálogo com a deputada Sâmia Bomfim
(PSOL/SP) e com o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), avançamos na construção
de uma solução para o fim da greve de fome do deputado Glauber Braga
(PSOL/RJ).” afirmou Hugo Motta em suas redes sociais.
O impasse de Glauber Braga teve
início após o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados recomendar, por 13
votos a 5, a perda de seu mandato no último dia 9, coincidindo com o início de
sua greve de fome. O deputado ingeriu apenas água, soro e bebidas isotônicas,
segundo informações de assessores. Durante a greve, Glauber e seus aliados
improvisaram um colchão ao lado da mesa de coordenação do plenário 5 da Câmara,
onde o conselho recomendou sua cassação. Caso essa perda de mandato seja
confirmada, seria a primeira vez que um deputado sofre essa punição devido a
agressão física.
Apesar da recomendação de cassação,
a decisão final cabe ao plenário da Câmara, e a palavra final será dada pelos
deputados. “Garanto que, após a deliberação da CCJ — qualquer que seja o
resultado —, não submeteremos o caso do deputado ao Plenário da Câmara antes de
60 dias. Esse prazo permitirá que ele exerça plenamente o direito à defesa do
seu mandato parlamentar.”, declarou Motta.
O deputado Glauber Braga deve
recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, onde será
analisado se o rito seguido pelo Conselho de Ética foi adequado. Caso a CCJ
identifique irregularidades no processo, o caso poderá ser reavaliado pelo
Conselho de Ética.
“Passado esse período, as
deputadas e os deputados poderão, soberanamente, decidir sobre o processo.”, concluiu
Hugo Motta, assegurando que a situação será devidamente analisada antes de
qualquer decisão final.
“Quero dizer que estou suspendendo a greve de
fome, mas nós não estamos suspendendo a luta contra o orçamento secreto”,
declarou Glauber, ao afirmar que agora iniciará o processo de transição e
recuperação física.
Gazeta Brasil
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