O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que preparará uma resposta às “contramedidas” previstas pela União Europeia diante dos impostos de 25% sobre o aço e o alumínio.
“Por supuesto que responderé”, disse ao
receber na Casa Branca o primeiro-ministro irlandês, Micheál Martin, no mesmo
dia em que a União Europeia implementou medidas de represália “rápidas e
proporcionais” sobre importações dos EUA no valor de até US$ 28,378 bilhões.
A resposta do bloco europeu será
dividida em duas fases, enquanto ainda busca uma solução negociada com
Washington. Em primeiro lugar, deixará expirar a suspensão que mantinha sobre
as contramedidas aprovadas em 2018 e 2020 devido à primeira rodada de tarifas
impostas pela administração Trump (2017-2021) sobre as importações de aço e
alumínio europeus. Em segundo lugar, a Comissão Europeia propôs um novo pacote
de contramedidas para igualar o impacto econômico dos impostos americanos sobre
as importações europeias, que é estimado em 28 bilhões de euros.
O presidente americano alegou que
a União Europeia tratou “muito mal” seu país por muito tempo e que agora chegou
a vez de Washington.
“Se nos cobraram 25% ou 20%, 2% ou 200%, é isso
que cobramos deles. Não sei por que as pessoas ficam bravas com isso, porque
não há nada mais justo do que isso”, afirmou o líder republicano, que, desde
sua volta ao poder em 20 de janeiro, tem adotado uma política tarifária como
medida de pressão em suas negociações.
Trump afirmou que os Estados
Unidos estão indo bem no momento porque ele venceu as eleições de novembro
passado e admitiu que nem todos os impostos previstos são recíprocos.
“Há alguns casos em que os impostos vão um
pouco além da reciprocidade, porque nós sofremos abusos por muito tempo como
país. Realmente fomos abusados por muito tempo e isso nunca mais acontecerá”,
reforçou o presidente.
Os Estados Unidos começaram a
aplicar nesta quarta-feira tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio importados,
o que afetará especialmente o Canadá nos dois metais, além de Brasil, México,
Coreia do Sul e Vietnã no aço, e Emirados Árabes Unidos, Rússia e China no
alumínio.
Em resposta, o governo canadense
também anunciou nesta quarta-feira represálias comerciais contra os Estados
Unidos.
A partir de quinta-feira, o
Canadá aplicará tarifas de 25% sobre produtos dos Estados Unidos no valor de
29,8 bilhões de dólares canadenses (cerca de 20,7 bilhões de dólares
americanos), anunciaram hoje os ministros das Finanças, Dominic LeBlanc; das
Relações Exteriores, Mélanie Joly; e da Indústria, François-Philippe Champagne.
Por sua vez, o futuro
primeiro-ministro Mark Carney, político e economista liberal, se mostrou
disposto a dialogar com Trump para tentar reduzir esse tipo de medida.
LeBlanc afirmou em uma coletiva
de imprensa que as represálias canadenses serão aplicadas sobre 12,6 bilhões de
dólares canadenses em importações de aço dos Estados Unidos. As tarifas de
represália também afetarão outros 14,2 bilhões de dólares canadenses de
produtos como ferramentas, computadores, equipamentos esportivos e produtos de
estampagem de ferro.
Esses novos impostos se somam aos
que o Canadá já aplica desde o início de março sobre outros 30 bilhões de
dólares canadenses de importações dos Estados Unidos, que vão de bebidas
alcoólicas a suco de laranja e eletrodomésticos.
Com informações da EFE
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