STF reforça segurança para julgamento de denúncia contra Bolsonaro e aliados

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar, nesta terça-feira (25), a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete envolvidos em um suposto plano de golpe de Estado em 2022. O julgamento ocorrerá na Primeira Turma do STF e será realizado em três sessões: duas na terça-feira, às 9h30 e às 14h, e uma na quarta-feira (26), também às 9h30.

A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), envolve figuras proeminentes da administração de Bolsonaro, incluindo ex-ministros e oficiais militares. Se a denúncia for aceita, os acusados se tornarão réus e responderão penalmente pelas acusações na corte. O julgamento será um dos marcos no processo que investiga os eventos que antecederam os atos de 8 de janeiro de 2023.

A segurança na região foi intensificada, com a Secretaria de Polícia Judicial adotando medidas preventivas para garantir a tranquilidade das sessões. A Polícia Militar e o Detran-DF serão responsáveis por intervenções, caso necessário, e o estacionamento ao longo da Esplanada dos Ministérios será restrito.

De acordo com a PGR, a acusação se concentra em um “núcleo crucial” da organização criminosa, incluindo Bolsonaro, o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Outros acusados são Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e figuras chave como Mauro Cid, ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência, e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

O STF também planejou restrições no acesso ao Tribunal, com a intenção de limitar o número de pessoas nas dependências da Corte. A segurança será reforçada com base em uma análise de risco, levando em consideração o atual cenário político.

Após a análise da denúncia, caso os réus sejam formalmente acusados, o processo seguirá para a fase de instrução, onde serão coletados depoimentos, dados e realizados interrogatórios para investigar a fundo as responsabilidades de cada um dos envolvidos nos eventos que marcaram os dias pós-eleição.

Gazeta Brasil

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