Além de ser crime ambiental,
situação acende alerta paro o perigo do descarte irregular de lixo hospitalar
para as pessoas. Câmeras de segurança mostram homem jogando sacolas no local e
mulher revirando o lixo sem saber do conteúdo e riscos.
Seringas com agulhas, luvas,
ampolas e outros resíduos hospitalares foram descartados de forma irregular em
uma calçada do Parque Riviera, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, deixando
pessoas que passavam pelo local em risco de acidente ou contaminação.
O registro foi feito na manhã de
segunda-feira (24) na Avenida José Antonino Sampaio, em frente a duas clínicas
de estética, que, ao g1, disseram não serem responsáveis pelo descarte.
Imagens de câmeras de segurança
mostram um homem chegando ao local com uma lixeira de rodinhas. Em seguida, ele
coloca papelão e sacolas de lixo na calçada. Em outro trecho do vídeo, uma
mulher aparece revirando o lixo. Uma caixa de papelão também aparece ao lado
dos materiais, provavelmente onde os resíduos estavam armazenados ao serem
descartados.
O g1 fez contato
com a Vigilância Sanitária. O órgão disse que, quando chegou ao local, o lixo
hospitalar já havia sido removido.
Crime ambiental
De acordo com a Lei Federal nº
9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais), o descarte irregular de resíduos
perigosos é crime, com punições previstas no artigo 54.
Além de causar danos ambientais.,
materiais perfurocortantes, como seringas e lancetas, pode transmitir doenças
graves, como hepatites B e C e HIV.
Kelly de Araújo, superintendente
da Vigilância Sanitária de Cabo Frio, explica que é importante que as empresas
contratem um serviço específico para a retirada de resíduos, justamente para
que o descarte seja feito de forma apropriada.
Além disso, ela orienta sobre os
cuidados na hora de acondicionar esse tipo de lixo.
"A empresa precisa ter uma
caixa própria para esse descarte, que possui uma dupla camada, são duas
paredes. Ela tem um saco diferenciado também, que é para lixo infectante. Para
o lixo comum é o saco preto. Para o lixo infectante é o saco branco leitoso.
Tem toda uma orientação, porque o descarte adequado faz a prevenção para o
profissional não se perfurar, não se contaminar, e para proteger a população
também".
Por Crika dos Reis, Matheus
Augusto, g1 — Cabo Frio
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