A Venezuela não aceitava a deportação de seus cidadãos, mas o regime de Maduro solicitou permissão ao governo Trump para que isso ocorresse. Unsplash/Marco López
Governo de Nicolás Maduro anunciou que dois voos da companhia estatal Conviasa foram utilizados para transportar os primeiros deportados, em um acordo estabelecido com Donald Trump
A Venezuela, que abriga a maior
diáspora da América Latina, voltou a receber, nesta segunda-feira (10),
imigrantes deportados pelos Estados Unidos. O governo de Nicolás Maduro
anunciou que dois voos da companhia estatal Conviasa foram utilizados para
transportar os primeiros deportados, em um acordo estabelecido com a
administração de Donald Trump. Embora Caracas não tenha revelado o número exato
de deportados, mencionou que alguns deles têm vínculos com o Tren de Aragua,
grupo considerado terrorista pelos EUA. Até então, a Venezuela não aceitava a
deportação de seus cidadãos, mas o regime de Maduro solicitou permissão ao
governo Trump para que isso ocorresse.
A falta de um convênio formal
complicava a situação tanto para os Estados Unidos quanto para outros países
que lidavam com a questão da migração venezuelana. O novo acordo representa uma
mudança significativa nesse cenário. Em um comunicado, o governo venezuelano
afirmou que o país é um dos mais seguros da região e atribuiu a migração em
massa a sanções econômicas e a campanhas de guerra psicológica promovidas por
potências estrangeiras. O pacto foi firmado durante a visita de Richard
Grenell, enviado de Trump, a Caracas, onde também foi negociada a libertação de
seis cidadãos americanos.
Os imigrantes venezuelanos têm
sido severamente afetados pelo plano de deportação em massa implementado pela
Casa Branca, especialmente após a revogação de proteções temporárias que
beneficiavam mais de 600 mil venezuelanos nos Estados Unidos. A diáspora, que
já soma 7,7 milhões de pessoas, enfrentou dificuldades para participar das
últimas eleições na Venezuela, devido a restrições impostas pelo governo de
Maduro.
A oposição venezuelana fez um
apelo aos imigrantes, prometendo um retorno a um país com uma economia
revitalizada e sem perseguições políticas. No entanto, expressou
descontentamento com os acordos políticos entre Trump e Maduro. Além disso, há
discussões sobre possíveis sanções à economia da Venezuela, especialmente no
setor petrolífero, com a Chevron sendo um ator crucial na produção de petróleo
no país.
JP
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