O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpriu nesta segunda-feira (10) sua promessa de impor tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, intensificando uma guerra comercial largamente prometida, apesar das advertências da Europa e China.
“Hoje estou simplificando nossas
tarifas sobre o aço e o alumínio”, disse Trump no Salão Oval enquanto assinava
ordens executivas. “É um 25% sem exceções nem isenções.”
“Isso é importante, vamos tornar
os Estados Unidos ricos novamente”, afirmou o presidente após efetivar a ordem
de aumento tarifário.
Trump cancelou isenções e cotas
livres de impostos em uma medida que pode aumentar o risco de uma guerra comercial
em vários frentes. O presidente assinou proclamações que elevaram a tarifa
sobre as importações de alumínio de 10% para 25%, uma taxa que havia sido
imposta em 2018 para ajudar o setor em dificuldades.
Trump também implementará uma
nova norma norte-americana que exige que as importações de aço sejam “fundidas
e vertidas” e as de alumínio sejam “fundidas e vertidas” na região para frear
as importações de aço chinês minimamente processado nos Estados Unidos. A ordem
também se aplica a produtos de aço que utilizam aço importado.
Trump mencionou ainda que
estudaria impor tarifas adicionais sobre automóveis, produtos farmacêuticos e
chips de computador.
Canadá e México – aos quais Trump
já ameaçou com tarifas – são os maiores importadores de aço para os Estados
Unidos, segundo dados comerciais americanos. Brasil e Coreia do Sul também são
grandes fornecedores de aço.
O assessor comercial de Trump,
Peter Navarro, disse que as medidas ajudariam os produtores americanos de aço e
alumínio e reforçariam a segurança econômica e nacional dos Estados Unidos.
“As tarifas sobre aço e alumínio
2.0 acabarão com o dumping estrangeiro, impulsionarão a produção nacional e
garantirão nossas indústrias de aço e alumínio como pilares da segurança
econômica e nacional dos Estados Unidos”, disse a jornalistas.
“Não se trata apenas de comércio.
Trata-se de garantir que os Estados Unidos nunca tenham que depender de nações
estrangeiras para indústrias críticas como aço e alumínio.”
O presidente americano também
confirmou que estava considerando uma isenção para a Austrália das tarifas
sobre aço. “Temos um superávit (comercial) com a Austrália, um dos poucos. E a
razão é que compram muitos aviões. Estão bastante distantes e precisam de
muitos aviões”, disse.
Pouco antes de Trump assinar os
documentos, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, afirmou que uma
isenção estava sendo considerada, após conversar com Trump. “O presidente
americano concordou que uma isenção estava sendo considerada no interesse de
nossos dois países”, disse Albanese à imprensa após a ligação.
Trump mencionou as medidas sobre
aço e alumínio pela primeira vez no domingo e acrescentou que também anunciaria
outra série de tarifas recíprocas mais adiante na semana, o que provocou
advertências de retaliação por parte dos parceiros comerciais.
Trump impôs amplas tarifas
durante sua presidência de 2017 a 2021 para proteger as indústrias americanas,
que, em sua visão, enfrentavam competição desleal de países asiáticos e
europeus.
Gazeta Brasil
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