Três reféns israelenses foram libertados neste sábado (data) como parte da primeira fase do acordo entre Israel e o Hamas. Sasha Trufanov, Sagui Dekel-Chen e Iair Horn foram entregues à Cruz Vermelha após serem escoltados por membros armados do grupo extremista.
Durante a transferência, os
reféns foram expostos em um palco diante de uma multidão de militantes do Hamas
e obrigados a saudá-los antes da liberação. Pouco depois, as Forças de Defesa
de Israel (FDI) confirmaram que os três estavam sob custódia israelense e
seriam levados para uma avaliação médica antes de reencontrar seus familiares.
O governo de Israel celebrou o
retorno dos reféns, incluindo um cidadão com dupla nacionalidade
israelense-americana, e afirmou estar coordenando esforços com os Estados
Unidos para garantir a rápida libertação de todos os sequestrados. “Estamos
trabalhando em plena coordenação com os EUA para resgatar todos os nossos
reféns – tanto os vivos quanto os falecidos – o mais rápido possível e estamos
preparados para qualquer cenário”, disse o governo israelense em comunicado.
Como contrapartida no acordo de
cessar-fogo, Israel libertou 369 prisioneiros palestinos, incluindo alguns
condenados à prisão perpétua por crimes graves. O grupo foi transportado de
ônibus para Ramallah, na Cisjordânia, onde uma multidão aguardava sua chegada.
Este foi o sexto intercâmbio
realizado sob um pacto mais amplo que prevê a liberação de 33 reféns em troca
de mais de 1.900 prisioneiros palestinos. Apesar do avanço, mais de 60 pessoas
ainda permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza, e há temores de que muitas
delas tenham sido mortas. Seus corpos podem ser incluídos em uma segunda fase
do acordo.
Diferente das trocas anteriores,
este intercâmbio ocorreu em um ambiente de maior tensão e incerteza. No início
da semana, o Hamas suspendeu indefinidamente as negociações, alegando que
Israel havia descumprido partes do acordo, incluindo atrasos na permissão de
retorno de deslocados ao norte de Gaza e dificuldades no acesso de ajuda
humanitária ao enclave.
Diante da suspensão, o gabinete
de guerra do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou que as Forças de
Defesa de Israel reforçassem sua presença nas imediações da Faixa de Gaza e se
preparassem para possíveis desdobramentos caso o Hamas não cumprisse o
calendário previsto para a libertação dos reféns.
Graças à mediação do Egito e do
Catar, as negociações foram retomadas, e o Hamas garantiu que havia recebido
garantias suficientes para seguir com a liberação de Trufanov, Dekel-Chen e
Horn.
Apesar do avanço, o governo
israelense segue em alerta para eventuais mudanças no acordo. “Todas as opções
estão sobre a mesa”, afirmou Netanyahu.
O primeiro-ministro declarou que
pretende “aproveitar ao máximo esta oportunidade” de diálogo para garantir a
libertação do maior número possível de reféns. No entanto, reforçou que Israel
não hesitará em retomar ofensivas militares contra o Hamas caso julgue
necessário.
“Continuaremos agindo com determinação e
incansavelmente até que todos os nossos reféns retornem, vivos ou mortos”,
declarou Netanyahu em suas redes sociais.
Gazeta Brasil
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