A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou sua pior marca em todos os seus mandatos, conforme levantamento do instituto Datafolha divulgado nesta sexta-feira (14). Apenas 24% dos entrevistados consideram a gestão “ótima” ou “boa”, representando uma queda de 11 pontos percentuais desde dezembro de 2024, quando o índice era de 35%.
A pesquisa revela que a perda de
apoio é mais acentuada em dois segmentos estratégicos para o governo: o
Nordeste, historicamente um reduto petista, e a população de baixa renda. No
Nordeste, apenas 33% dos entrevistados avaliam o governo de forma positiva, uma
queda expressiva em relação aos 49% registrados na pesquisa anterior. A margem
de erro para essa região é de quatro pontos percentuais.
Outro recuo significativo ocorreu
entre os brasileiros com escolaridade até o ensino fundamental, onde a
aprovação do governo caiu de 53% para 38%, uma diminuição de 15 pontos
percentuais. Entre os eleitores de renda mais baixa, outro pilar histórico de
apoio ao PT, a popularidade também registrou declínio.
A desaprovação ao governo também
cresceu entre os grupos de renda mais elevada. Entre quem ganha de dois a cinco
salários mínimos e de cinco a dez salários, a diferença entre avaliações
negativas e positivas é de 33 pontos percentuais. Para aqueles com rendimento
superior a dez salários, a vantagem da avaliação negativa salta para 45 pontos.
Entre as mulheres, a parcela que
considera a gestão de Lula “ótima” ou “boa” caiu de 38% para 24%, uma redução
de 14 pontos percentuais. Pela primeira vez, o nível de insatisfação entre
mulheres e homens ficou igual. No segmento católico, a aprovação também
despencou: em dezembro, 48% avaliavam o governo positivamente, agora o
percentual é de apenas 24%. Entre os evangélicos, a queda foi de 30% para 21%.
A reprovação ao governo também
atingiu um recorde de 41%, contra 34% em dezembro. Já 32% dos entrevistados
consideram a administração “regular”.
O levantamento foi realizado nos
dias 10 e 11 de junho, ouvindo 2.007 pessoas com 16 anos ou mais em 113
municípios do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais
ou para menos.
Gazeta Brasil
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