A Casa Branca alertou nesta quarta-feira que as taxas finais a serem cobradas de México e Canadá pela exportação de seu aço e alumínio poderiam chegar a 50%, em vez dos 25% anunciados na ordem executiva de Donald Trump nesta segunda-feira. A razão, explicaram em Washington, é que esse valor se somaria ao imposto anterior de 25% imposto pelo presidente sobre os dois países, que foi suspenso por 30 dias, até 4 de março.
Como prometido durante sua
campanha, o presidente republicano ordenou a imposição de uma taxa de 25% sobre
todos os bens provenientes dessas duas nações vizinhas, devido à falta de
cooperação em relação à imigração ilegal e ao combate ao narcotráfico. A medida
gerou tanta polêmica que obrigou as partes a negociarem e, finalmente, foi
acordado adiar sua implementação até 4 de março.
No entanto, tanto Justin Trudeau
quanto Claudia Sheinbaum esperam poder cancelar completamente essa iniciativa
por meio de grupos de trabalho conjuntos sobre o assunto.
Enquanto isso, Trump anunciou
também que as importações americanas de alumínio e aço desses dois países
estariam sujeitas a uma taxa aduaneira de 25%, que começará a valer a partir de
12 de março, “sem exceções nem isenções”.
“Os tarifas vão acabar com o dumping
estrangeiro, impulsionarão a produção nacional e garantirão nossas indústrias
de aço e alumínio como pilares da segurança econômica e nacional. Isso é
importante, vamos tornar os Estados Unidos ricos novamente”, afirmou ao
anunciar a medida.
Por isso, neste contexto, as
próximas semanas serão cruciais para Canadá e México, quando será decidido se
as tarifas sobre seus bens serão estendidas: caso os 25% sejam implementados em
4 de março, seus metais estarão sujeitos a taxas de 50%, enquanto, se for
acordado um novo adiamento, eles seriam afetados apenas pelos 25% previstos
para todos os países.
A maior parte do aço importado
pelos Estados Unidos vem do Canadá, segundo um relatório do Instituto Americano
do Ferro e do Aço, seguido por México, Coreia do Sul, Brasil e Vietnã. Já os
EUA obtêm quase dois terços de seu alumínio do Canadá, de acordo com a
Associação do Alumínio.
Embora Trump considere que essa
tarifa ajudará a fomentar a indústria manufatureira e reverterá seu declínio
nos últimos anos, muitos especialistas alertaram que a interconexão entre
setores – especialmente com as nações vizinhas – pode resultar em um aumento de
preços, que afetaria, por exemplo, os automóveis, cujas peças cruzam a
fronteira várias vezes antes de sua fabricação final.
De fato, o setor siderúrgico do
Canadá alertou imediatamente sobre uma possível “disrupção massiva” caso a
medida seja avançada.
Com informações da EFE
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